Chame-a de Guerra Fria 2.0, de fascismo negro ao invés de vermelho
O comunismo está bem vivo. O Muro de Berlim - símbolo de uma Europa dividida durante a Guerra Fria - caiu em 9 de novembro de 1989. Celebrações serão realizadas na segunda-feira para comemorar o aniversário de 20 anos deste acontecimento histórico.
A queda do Muro de Berlim é considerada um momento decisivo, marcando o colapso do comunismo. A Europa Oriental foi libertada da ocupação russa. Dois anos depois, a União Soviética se desintegrou. Dos escombros surgiram os novos Estados independentes. As nações bálticas - Lituânia, Letônia e Estônia - recuperaram a liberdade que tinham perdido durante a Segunda Guerra Mundial. Inclusive a Ucrânia escapou da subjugação da Rússia, alcançando seu sonho de Estado nacional. A implosão do império soviético representou um grande avanço na liberdade humana, permitindo que centenas de milhões de pessoas escapassem da tirania comunista. Por Jeffrey T. Kuhner
"O mundo pode suspirar de alívio. O ídolo do comunismo que espalhou por toda parte o conflito social, animosidade e brutalidade sem precedentes, o horror da humanidade entrou em colapso", disse o primeiro presidente da Rússia pós-comunista, Boris Yeltsin, em um discurso para o Congresso dos EUA. "Entrou em colapso, nunca mais se levantar".
Yeltsin estava errado. Longe de estar morto e enterrado, o comunismo segue sendo uma força poderosa, que ainda é uma ameaça para as nações ocidentais, que valorizam a liberdade e o capitalismo.
Isso ocorre porque as raízes ideológicas do comunismo não foram derrotadas. Ao invés de pólos opostos, o fascismo e o marxismo são gêmeos do mal. Ambas são ideologias socialistas que defendem as ditaduras, o coletivismo econômico e arregimentação social. Eles se opõem implacavelmente ao capitalismo, à soberania da família e à civilização judaico-cristã. São agressivos, imperialistas, querem dominar o mundo.
A principal diferença entre eles é que, enquanto o marxismo busca promover os conflitos de classe visando a classe operária como motor da revolução histórica, o fascismo abraça o primado dos impulsos primordiais – a raça, o sangue e o solo. No entanto, não é por acaso que os mais importantes líderes fascistas, Adolf Hitler e Benito Mussolini, consideravam-se homens de esquerda. Eles eram "nacional-socialistas", que fundiram o estatismo com o nacionalismo xenófobo.
A história está se repetindo. Hoje em dia, o vírus comunista simplesmente transmutou sua descendência fascista.
O homem forte da Rússia, Vladimir Putin é um ex-oficial da KGB que chamou pela desintegração da União Soviética, "a maior tragédia do século 20". Ele construiu um petro-Estado militarista e autoritário, que visa restaurar o Grande Império Russo. Moscou se intromete nos assuntos internos de seus vizinhos. Vem realizando uma campanha de genocídio na Chechênia. Lançou uma guerra de agressão contra a República da Geórgia. Engoliu Belarus. Putin disse ao ex-presidente George W. Bush que a Ucrânia é "nem mesmo um Estado", e exigiu que Kiev aderisse a um novo plano de união eslava.
Moscou também está usando da chantagem econômica, através da exploração crescente da dependência européia ao petróleo russo e ao gás natural, para intimidar seus Estados satélites. Putin ainda forçou o presidente Obama a obstaculizar um sistema de defesa antimíssil na Polônia e na República Checa - efetivamente abandonando a Europa Oriental à esfera de influência russa. Em resumo, Putin está lentamente reconstruindo a velha ordem comunista sob o verniz do nacionalismo.
Assim é a China. Nas últimas décadas, o regime comunista de Pequim abandonou o planejamento central e a coletivização, em favor de um crescimento impulsionado pelo mercado e ao abrigo de um partido leninista único. No entanto, a liberalização econômica não tem levado ao pluralismo político. De fato, o oposto aconteceu: a elite governante tornou-se ainda mais arraigada, ganhando legitimidade crescente da economia chinesa. O país continua repleto de campos de trabalho escravo. A dissidência é esmagada. Os Cristãos e os praticantes da Falun Gong são perseguidos. Os dissidentes estão apodrecendo nas prisões.
Mais inquietante ainda é Pequim estar utilizando sua nova riqueza para embarcar em uma maciça escalada militar. Ela advoga pelo ultranacionalismo e pelo revanchismo étnico. Ameaça Taiwan. Segue reprimindo o Tibet, lentamente, estrangulando a nação conquistada. Trata-se de uma limpeza étnica sistemática das tribos muçulmanas nas zonas fronteiriças ocidentais, importando chineses Han para diluir as populações nativas. O objetivo da China é se tornar o mestre da Ásia, superando os Estados Unidos como a potência dominante no Pacífico.
Moscou e Pequim não abandonaram sua rivalidade com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. Eles estão no coração de uma aliança neomarxista internacional que pretende reduzir e debilitar o poder norteamericano. Proporcionam apoio econômico e militar para a stalinista Coréia do Norte. Estão ajudando a Venezuela de Hugo Chávez a exportar sua revolução socialista bolivariana para toda América Latina - incluindo a construção de um programa nuclear. Eles estão ajudando a sustentar Cuba de Fidel Castro. Venderam mísseis e tecnologia nuclear aos mulás do apocalíptico Irã. Constantemente estão obstruindo a guerra global contra o terror. Quer seja no Iraque, Paquistão, Sudão, o Hezbollah ou o Hamas - os esforços americanos e israelenses para derrotar os militantes islâmicos se opuseram energicamente por causa do eixo russo-chinês.
O comunismo não morreu em 1989. Como um camaleão, ele mudou do internacionalismo marxista para o nacional-socialismo; converteu-se em um fascismo negro ao invés de vermelho. Sua essência segue sendo a mesma: o ódio aos Estados Unidos e tudo que ele representa. O Ocidente pode ter esmagado o império soviético, mas não a monstruosa ideologia que o gerou. Que vive. Chame-a de Guerra Fria 2.0. - The Washington Times – Tradução de Arthur para o MOVCC
Jeffrey T. Kuhner - colunista do - The Washington Times e presidente da Edmund Burke Institute
O comunismo está bem vivo. O Muro de Berlim - símbolo de uma Europa dividida durante a Guerra Fria - caiu em 9 de novembro de 1989. Celebrações serão realizadas na segunda-feira para comemorar o aniversário de 20 anos deste acontecimento histórico.
A queda do Muro de Berlim é considerada um momento decisivo, marcando o colapso do comunismo. A Europa Oriental foi libertada da ocupação russa. Dois anos depois, a União Soviética se desintegrou. Dos escombros surgiram os novos Estados independentes. As nações bálticas - Lituânia, Letônia e Estônia - recuperaram a liberdade que tinham perdido durante a Segunda Guerra Mundial. Inclusive a Ucrânia escapou da subjugação da Rússia, alcançando seu sonho de Estado nacional. A implosão do império soviético representou um grande avanço na liberdade humana, permitindo que centenas de milhões de pessoas escapassem da tirania comunista. Por Jeffrey T. Kuhner
"O mundo pode suspirar de alívio. O ídolo do comunismo que espalhou por toda parte o conflito social, animosidade e brutalidade sem precedentes, o horror da humanidade entrou em colapso", disse o primeiro presidente da Rússia pós-comunista, Boris Yeltsin, em um discurso para o Congresso dos EUA. "Entrou em colapso, nunca mais se levantar".
Yeltsin estava errado. Longe de estar morto e enterrado, o comunismo segue sendo uma força poderosa, que ainda é uma ameaça para as nações ocidentais, que valorizam a liberdade e o capitalismo.
Isso ocorre porque as raízes ideológicas do comunismo não foram derrotadas. Ao invés de pólos opostos, o fascismo e o marxismo são gêmeos do mal. Ambas são ideologias socialistas que defendem as ditaduras, o coletivismo econômico e arregimentação social. Eles se opõem implacavelmente ao capitalismo, à soberania da família e à civilização judaico-cristã. São agressivos, imperialistas, querem dominar o mundo.
A principal diferença entre eles é que, enquanto o marxismo busca promover os conflitos de classe visando a classe operária como motor da revolução histórica, o fascismo abraça o primado dos impulsos primordiais – a raça, o sangue e o solo. No entanto, não é por acaso que os mais importantes líderes fascistas, Adolf Hitler e Benito Mussolini, consideravam-se homens de esquerda. Eles eram "nacional-socialistas", que fundiram o estatismo com o nacionalismo xenófobo.
A história está se repetindo. Hoje em dia, o vírus comunista simplesmente transmutou sua descendência fascista.
O homem forte da Rússia, Vladimir Putin é um ex-oficial da KGB que chamou pela desintegração da União Soviética, "a maior tragédia do século 20". Ele construiu um petro-Estado militarista e autoritário, que visa restaurar o Grande Império Russo. Moscou se intromete nos assuntos internos de seus vizinhos. Vem realizando uma campanha de genocídio na Chechênia. Lançou uma guerra de agressão contra a República da Geórgia. Engoliu Belarus. Putin disse ao ex-presidente George W. Bush que a Ucrânia é "nem mesmo um Estado", e exigiu que Kiev aderisse a um novo plano de união eslava.
Moscou também está usando da chantagem econômica, através da exploração crescente da dependência européia ao petróleo russo e ao gás natural, para intimidar seus Estados satélites. Putin ainda forçou o presidente Obama a obstaculizar um sistema de defesa antimíssil na Polônia e na República Checa - efetivamente abandonando a Europa Oriental à esfera de influência russa. Em resumo, Putin está lentamente reconstruindo a velha ordem comunista sob o verniz do nacionalismo.
Assim é a China. Nas últimas décadas, o regime comunista de Pequim abandonou o planejamento central e a coletivização, em favor de um crescimento impulsionado pelo mercado e ao abrigo de um partido leninista único. No entanto, a liberalização econômica não tem levado ao pluralismo político. De fato, o oposto aconteceu: a elite governante tornou-se ainda mais arraigada, ganhando legitimidade crescente da economia chinesa. O país continua repleto de campos de trabalho escravo. A dissidência é esmagada. Os Cristãos e os praticantes da Falun Gong são perseguidos. Os dissidentes estão apodrecendo nas prisões.
Mais inquietante ainda é Pequim estar utilizando sua nova riqueza para embarcar em uma maciça escalada militar. Ela advoga pelo ultranacionalismo e pelo revanchismo étnico. Ameaça Taiwan. Segue reprimindo o Tibet, lentamente, estrangulando a nação conquistada. Trata-se de uma limpeza étnica sistemática das tribos muçulmanas nas zonas fronteiriças ocidentais, importando chineses Han para diluir as populações nativas. O objetivo da China é se tornar o mestre da Ásia, superando os Estados Unidos como a potência dominante no Pacífico.
Moscou e Pequim não abandonaram sua rivalidade com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. Eles estão no coração de uma aliança neomarxista internacional que pretende reduzir e debilitar o poder norteamericano. Proporcionam apoio econômico e militar para a stalinista Coréia do Norte. Estão ajudando a Venezuela de Hugo Chávez a exportar sua revolução socialista bolivariana para toda América Latina - incluindo a construção de um programa nuclear. Eles estão ajudando a sustentar Cuba de Fidel Castro. Venderam mísseis e tecnologia nuclear aos mulás do apocalíptico Irã. Constantemente estão obstruindo a guerra global contra o terror. Quer seja no Iraque, Paquistão, Sudão, o Hezbollah ou o Hamas - os esforços americanos e israelenses para derrotar os militantes islâmicos se opuseram energicamente por causa do eixo russo-chinês.
O comunismo não morreu em 1989. Como um camaleão, ele mudou do internacionalismo marxista para o nacional-socialismo; converteu-se em um fascismo negro ao invés de vermelho. Sua essência segue sendo a mesma: o ódio aos Estados Unidos e tudo que ele representa. O Ocidente pode ter esmagado o império soviético, mas não a monstruosa ideologia que o gerou. Que vive. Chame-a de Guerra Fria 2.0. - The Washington Times – Tradução de Arthur para o MOVCC
Jeffrey T. Kuhner - colunista do - The Washington Times e presidente da Edmund Burke Institute
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