A oposição formalizou nesta terça-feira a saída da CPI da Petrobras quatro meses depois da comissão ser instalada no Senado para investigar supostas irregularidades na estatal --num gesto inédito no Legislativo. Ao apresentar um relatório final antecipado com denúncias contra a Petrobras, senadores oposicionistas apontaram 18 irregularidades que comprometeriam a gestão da empresa.
As denúncias foram formalizadas em 18 representações que serão encaminhadas amanhã pelo DEM e PSDB ao Ministério Público Federal. Os oposicionistas afirmam que as denúncias integram o relatório que seria apresentado paralelamente à comissão no final dos seus trabalhos, mas acabou antecipado com o anúncio da debandada da CPI. Por Gabriela Guerreiro
"Foram elaboradas 18 representações com os indícios graves de irregularidades que serão assinados pelos líderes do DEM e PSDB e pelos senadores da oposição que integram a CPI. Já havia a previsão de que o governo aparelharia a comissão para transformá-la em palco para narrativas técnicas", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Entre as supostas irregularidades listadas pela oposição, está a denúncia de superfaturamento da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, por US$ 2 bilhões.
Também há suspeitas de benefício irregular de empresas contratadas pela estatal, irregularidades em obras, improbidade administrativa e venda de uma refinaria à Bolívia por preço inferior ao mercado.
"O caso da Petrobras é tão visível que quem vai elaborar o relatório final é o escritório da Petrobrás. O comando da CPI é da Petrobrás, a relatoria é da Petrobrás", disparou Dias.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse que o governo aparelhou a comissão com uma força "jamais vista" na história do Legislativo.
"A gente nunca quis atrapalhar a vida da Petrobras. Mas estamos diante de um poder enorme da empresa sobre o qual há de se refletir. Todos queremos a Petrobras forte, mas não queremos uma Petrobras que não seja investigada", afirmou Guerra.
A oposição argumenta, para deixar a CPI, que não conseguiu garantir a convocação de nenhum representantes da Petrobras, nem teve os seus requerimentos analisados pela comissão. Apesar da decisão de deixar a CPI, a oposição tem apenas três das 11 vagas de titulares da CPI --o que não inviabiliza a aprovação do relatório final a ser apresentado pelo relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Relatório final
Mesmo com a debandada da oposição, os senadores governistas prometem levar adiante as investigações. Jucá, que é líder do governo no Senado, disse que vai apresentar o relatório final da comissão ao final das investigações, mesmo com a comissão esvaziada pela ausência dos integrantes da oposição.
A CPI ouve hoje à tarde o depoimento do presidente da Petrobras, Ségio Gabrielli, que não será acompanhado pelos parlamentares da oposição. No momento em que Gabrielli for depor à CPI, os senadores oposicionistas prometem realizar discursos no plenário da Casa para anunciar a decisão de deixar as investigações.
"Não compareceremos ao depoimento e faremos discursos no plenário para anunciar a nossa posição", disse o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). Folha Online
As denúncias foram formalizadas em 18 representações que serão encaminhadas amanhã pelo DEM e PSDB ao Ministério Público Federal. Os oposicionistas afirmam que as denúncias integram o relatório que seria apresentado paralelamente à comissão no final dos seus trabalhos, mas acabou antecipado com o anúncio da debandada da CPI. Por Gabriela Guerreiro
"Foram elaboradas 18 representações com os indícios graves de irregularidades que serão assinados pelos líderes do DEM e PSDB e pelos senadores da oposição que integram a CPI. Já havia a previsão de que o governo aparelharia a comissão para transformá-la em palco para narrativas técnicas", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Entre as supostas irregularidades listadas pela oposição, está a denúncia de superfaturamento da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, por US$ 2 bilhões.
Também há suspeitas de benefício irregular de empresas contratadas pela estatal, irregularidades em obras, improbidade administrativa e venda de uma refinaria à Bolívia por preço inferior ao mercado.
"O caso da Petrobras é tão visível que quem vai elaborar o relatório final é o escritório da Petrobrás. O comando da CPI é da Petrobrás, a relatoria é da Petrobrás", disparou Dias.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse que o governo aparelhou a comissão com uma força "jamais vista" na história do Legislativo.
"A gente nunca quis atrapalhar a vida da Petrobras. Mas estamos diante de um poder enorme da empresa sobre o qual há de se refletir. Todos queremos a Petrobras forte, mas não queremos uma Petrobras que não seja investigada", afirmou Guerra.
A oposição argumenta, para deixar a CPI, que não conseguiu garantir a convocação de nenhum representantes da Petrobras, nem teve os seus requerimentos analisados pela comissão. Apesar da decisão de deixar a CPI, a oposição tem apenas três das 11 vagas de titulares da CPI --o que não inviabiliza a aprovação do relatório final a ser apresentado pelo relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Relatório final
Mesmo com a debandada da oposição, os senadores governistas prometem levar adiante as investigações. Jucá, que é líder do governo no Senado, disse que vai apresentar o relatório final da comissão ao final das investigações, mesmo com a comissão esvaziada pela ausência dos integrantes da oposição.
A CPI ouve hoje à tarde o depoimento do presidente da Petrobras, Ségio Gabrielli, que não será acompanhado pelos parlamentares da oposição. No momento em que Gabrielli for depor à CPI, os senadores oposicionistas prometem realizar discursos no plenário da Casa para anunciar a decisão de deixar as investigações.
"Não compareceremos ao depoimento e faremos discursos no plenário para anunciar a nossa posição", disse o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). Folha Online
Um comentário:
Não há motivação da oposição em dar prosseguimento a uma CPI, que antecipadamente, é sabido que o governo vai agir como todas instaladas e não apuradas. No fim tudo é arquivado e esquecido, é uma lástima um governo que sobrevive de mentiras...
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