SP vira alvo preferencial de sem-terra

DIRETOR DO ITESP DIZ QUE AÇÕES TÊM MOTIVAÇÃO POLÍTICA

O diretor executivo da Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), Gustavo Ungaro, comentou ontem que a intensificação das invasões de terras no Estado sinaliza sobretudo intenções políticas. "A nova onda de mobilizações revela a manutenção da estratégia norteadora das ações políticas dos movimentos de sem-terra, inclusive com situações de violência, ações destrutivas de instalações físicas e cultivos", observou. "Medidas reivindicatórias próprias do jogo democrático são desprezadas em prol de atitudes que colocam em risco vidas humanas."

Sem citar o nome de José Rainha, que está à frente da onda de ocupações, o diretor do Itesp disse que ele não tem credenciais para debater a reforma agrária, uma vez que explora os conflitos com finalidades eleitorais. "São frequentes suas entrevistas defendendo uma certa candidatura presidencial e atacando o governo paulista. Agindo como cabo eleitoral declarado e desautorizado pelo próprio movimento a que diz pertencer, está completamente descredenciado para debater a reforma agrária", disse Ungaro. O Estado de São Paulo


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Um comentário:

bellzinham@hotmail.com disse...

O MST é o braço armado do governo atuando no campo,tentando enfraquecer o agronegócio que nos últimos anos tem sido uma pedra no sapato do governo.As atuais invasoes e depredaçôes promovidas pelos Sem Terra é uma forma de tentar abortar a CPI e blindar as ongs que acobertam os repasses de dinheiro público que financia a guerrilha no campo.Quem quer terra para plantar não vai destruir o que já está plantado e produzindo, tão pouco abater gado leiteiro para fazer churrasco, alegando que está com fome, afinal o leite é um ótimo alimento.