
Um dia após a inauguração da linha Pavuna Botafogo, usuários do metrô sofreram com a falta de trens e a consequente superlotação. Ao contrário da véspera, o presidente Lula não estava lá para ver.
Após a inauguração da conexão Pavuna–Botafogo, que teve como passageiros o presidente da República, o governador do estado e o prefeito da cidade o dia seguinte foi de sufoco para os usuários do Metrô Rio. No início da manhã desta terça-feira, o centro de manutenção liberou um número reduzido de composições para as duas linhas, o que provocava um intervalo de 15 minutos entre os trens, quando tempo normal é de cinco minutos. Como consequência, plataformas de estações ficaram superlotadas e passageiros não paravam de reclamar dos atrasos. Por Evelyn Soares
Livres da baldeação no Estácio, desta vez os passageiros tiveram que trocar de trem na Glória. À tarde, os problemas se repetiram em várias estações.
Para Bárbara Santos, de 35 anos, um dia de diversão virou de irritação. Com a filha Raquel, de 4 anos, ela saiu às 9 horas da estação de Coelho Neto para ir à praia, e foi obrigada a descer na estação da Central às 11 horas (pelos cálculos da concessionária, o tempo estimado desse trajeto seria de 32m 26s), pois o trem em que estava sofreu uma avaria.
Na estação, funcionários avisavam pelo alto-falante que a composição seguinte seguiria até a General Osório, para logo depois informar que o destino era a Glória. Os painéis que indicam o destino e o intervalo estavam desligados em todas as estações. A confusão era tanta que nem os seguranças sabiam dar informação.
– Sinceramente, seria muito melhor se tivesse ido de ônibus – disse a autônoma, arrependida.
Quem ia trabalhar ficou prejudicado com as falhas do sistema operacional. Lucas Ferreira, de 24 anos, mora em Costa Barros, começa a viagem na penúltima estação da Linha 2, Engenheiro Rubens Paiva, e para na Siqueira Campos, em Copacabana. Nesta terça-feira, foi surpreendido quando o maquinista anunciou, na Glória, que todos tinham que descer, desligando as luzes do trem. Ele esperava que a nova ligação, que o levaria até Botafogo, fosse começar pela manhã.
Para Lucas, os problemas começaram bem antes, ainda na Linha 2, quando embarcou em um vagão superlotado em que o ar condicionado estava quebrado.
– Comecei a passar mal e tive que descer em Triagem. Peguei um outro trem, que também estava cheio. Isso é triste, uma falta de respeito com crianças, idosos, todo mundo aqui – desabafa Lucas, funcionário do Copa D"or. Nas mãos, ele abre um comprovante do Metrô Rio para mostrar no trabalho, atestando o atraso por causa de problemas no sistema.
Outros passageiros não entendiam o que estava acontecendo. Os turistas holandeses Stijin Stas e Michiel chegaram ao Rio na segunda-feira e iam para Copacabana. Entraram na estação da Glória e, confusos com o tumulto, repetiam a mesma frase, que sem querer resumia o que todos pensavam:
– Este é um péssimo dia.
Concessionária tem que explicar falhas em 48 horas
Responsável pelo transporte oferecido à população, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) encaminhou à concessionária Metrô Rio oficio solicitando informações sobre os problemas ocorridos nesta terça-feira, em todo o sistema metroviário fluminense.
No documento a Agetransp solicita o “encaminhamento, em um prazo máximo de 48 horas (contados desde a manhã de terça), de manifestação detalhada sobre os transtornos, com ênfase nos atrasos havidos na liberação de trens para a operação comercial”. A Agência pediu ainda “informações sobre as providências adotadas para a normalização da oferta de transporte em todo sistema metroviário”.
A Metrô Rio informou que os transtornos ocorridos não foram decorrentes de precipitação no início da operação da nova Linha 2. A concessionária, a fim de evitar problemas futuros, prometeu que “entre 5h e 16h, os trens partirão de Pavuna até Glória; das 16h até a meia-noite, haverá trens circulando de Pavuna a Botafogo”
– Os usuários não devem confundir esses problemas de ajuste da nova operação, pelos quais pedimos desculpas, com os benefícios que a nova linha 2 trará – explicou o diretor de Relações Institucionais da concessionária, Joubert Flores.
Questionada sobre os atrasos, a superlotação e o tratamento dado aos passageiros do metrô, a Secretaria estadual de Transportes respondeu através de nota, que “está acompanhando a operação do metrô neste primeiro dia de tráfego da nova conexão Pavuna-Botafogo. Na manhã de terça, o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, e o presidente do Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, fizeram todo o percurso do novo trajeto, saindo da estação Cantagalo. O objetivo foi detectar as necessidades de ajustes do sistema e atuar diretamente na solução. A Secretaria está empenhada em verificar de perto essa fase da Linha 2 e cobrar da concessionária todas as providências necessárias para evitar transtornos para a população”. Jornal do Brasil -
EM DISCURSO, DILMA PEDE CONTINUIDADE DO GOVERNO
"Tenho certeza que nenhum de nós vai deixar tudo o que nós conquistamos voltar atrás", diz.
Assim como no Complexo do Alemão, a cerimônia de entrega de obras do PAC em Manguinhos foi marcada pelo clima de campanha. Lá, o presidente Lula chamou de retrocesso a não continuidade das políticas do seu governo após 2010. A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata petista à Presidência, conclamou os moradores a garantirem a continuidade do governo.
— O nosso país está num momento excepcional. Nós vamos ter a continuidade do governo do presidente Lula. Tenho certeza que nenhum de nós vai deixar tudo o que nós conquistamos voltar atrás — disse a ministra em seu discurso.
Depois de distribuir chaves de casas populares e computadores portáteis, Lula afirmou que Dilma quis se referir à importância de não paralisar as obras do PAC. - O Globo/Fábio Vasconcellos
2 comentários:
TANTA FESTA E ESTARDALHAÇO PARA INAUGURAR ALGUMAS POUCAS CASAS!!!
ISTO ME PARECE DESESPERO.
Nicéas Romeo Zanchett
TANTA FESTA E ESTARDALHAÇO PARA INAUGURAR UMAS POUCAS CASAS!!!
ISTO ME PARECE DESESPERO.
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