
Dilma: “US$ 1 bilhão não faz nem coceguinhas”. A gafe da doutora: "O meio ambiente é um obstáculo ao desenvolvimento sustentável". - É isso que dá falar sobre o que não sabe. Gafe! - comentou em seu Twitter o Deputado Caiado
A matéria: Dilma Rousseff, Marina Silva e José Serra criticaram países desenvolvidos, em clima de campanha eleitoral. A senadora sugeriu que o Brasil doasse US$ 1 bilhão para o fundo, valor desdenhado pela ministra da Casa Civil
COP-15 - Agenda do meio ambiente
Cúpula de países tenta superar impasses para cumprimento de metas contra o aquecimento global, de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague – Por Cristiana Andrade
Copenhague — Em um dia no qual as negociações da Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças Climáticas (COP-15) quase emperraram por causa do desacordo entre países desenvolvidos e em crescimento, três presidenciáveis brasileiros marcaram presença, com discursos firmes que faziam lembrar promessas de campanha. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o governador de São Paulo, José Serra, e a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV-AC) engrossaram a voz e causaram polêmica.
A senadora afirmou acreditar ser possível que o Brasil, assim como outras nações emergentes, dê uma contribuição financeira para as ações de mitigação e adaptação — teoricamente, por Kyoto, essa é uma obrigação dos países ricos. “O Brasil também pode fazer um gesto em direção ao fundo para adaptação e mitigação. Ele veio para a conferência com metas, podem não ser as ideais, mas criou um clima positivo no âmbito da negociação. Como já até emprestou recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI), pode fazer um gesto, colocando US$ 1 bilhão, quem sabe? Pode ser mais, não vou ficar triste com isso”, comentou a senadora.
Marina acrescentou que se o Brasil fizesse isso, aconteceria o que ela chama de “constrangimento ético”, pois assim, de acordo com a senadora, os demais emergentes sentiriam-se obrigados a também se comprometer com medidas. “O que não podemos ter aqui é uma decisão baseada na limitação dos países por causa de seus interesses nacionais”, discursou.
“Coceguinhas”
Mais tarde, pressionada pela imprensa, a ministra Dilma comentou que “US$ 1 bilhão não faz nem coceguinhas”. A ministra ressaltou que é preciso cautela. “Estamos tratando de uma coisa séria, que é a proteção do meio ambiente”, cravou. “Quem puder colocar sua contribuição voluntária dará, mas me desculpe, não é US$ 1 bilhão de dólares.”
Já o governador de São Paulo, José Serra, foi duro com os países desenvolvidos por impor barreiras comerciais ao etanol. “É um protecionismo pró-carbono”, reclamou. Segundo ele, o mundo poderia evitar emissões significativas de gases de efeito estufa caso 10% de etanol fosse misturado à gasolina. Ele disse, ainda, que há terra suficiente no Brasil para cultivar cana-de-açúcar, sem precisar apelar para o desflorestamento.
A quatro dias para uma decisão consensual sobre os rumos que a comunidade internacional vai tomar em relação ao clima, as negociações não conseguiram avançar. Assim como fez em Barcelona, durante a preparatória da COP-15, o bloco africano deixou o debate por mais de cinco horas, alegando que não está havendo avanços na atualização dos números de metas de redução de lançamento dos gases pelos países ricos. A África integra o G-77, formado por Brasil, Índia, China e outros quase 130 países. Correio Braziliense –
CIENCIA OU FARSA?
A reunião de Copenhague discute o futuro da humanidade diante das mudanças do clima. Bilhões de dólares — quem sabe trilhões — estarão em jogo, tanto em termos de investimentos em tecnologias mais limpas (caras e ineficientes), como da eliminação dos combustíveis fósseis (mais baratos e eficientes). Diante de valores tão expressivos, o mínimo que se poderia esperar é que as pesquisas sobre o aquecimento global — e principalmente em que medida ele é natural ou provocado pela ação humana — fossem confiáveis e produzidas dentro de rigores científicos metodologicamente consagrados.
Infelizmente, no entanto, há fundadas suspeitas de que podemos estar diante de uma fraude. Eu sei que isso parece conversa de maluco ou, no mínimo, de gente que acredita em teoria da conspiração. Não censuro quem assim pensa, afinal somos bombardeados quase todos os dias com notícias e reportagens repletas de catástrofes naturais atribuídas ao aquecimento global, todas elas ornadas com belas fotografias e filmes de ursos polares solitários, imensos icebergs perdidos no meio do oceano e geleiras milenares derretendo para sempre. Ainda que seja difícil acreditar que um aumento médio comprovado da temperatura terrestre de parcos 0,5º C nos últimos 150 anos possa desencadear tantos desastres, o apelo catastrofista é muito forte, especialmente se não temos acesso às informações por inteiro. Por exemplo: você sabia que as temperaturas médias terrestres não sofreram qualquer aumento desde 1998, embora os níveis de CO2 na atmosfera tenham crescido ininterruptamente nos últimos 11 anos?
Em novembro passado estourou um dos maiores escândalos científicos dos últimos tempos, envolvendo ninguém menos que alguns próceres das pesquisas sobre o aquecimento global. Um hacker divulgou na internet um conjunto de e-mails e arquivos trocados entre cientistas da Universidade britânica de East Anglia e vários de seus correspondentes mundo afora. Esta universidade, através de sua Unidade de Pesquisas Climáticas (CRU), é responsável, entre outras coisas, pelo cálculo das temperaturas médias globais utilizadas pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, e seu atual diretor, Dr. Phil Jones, um dos autores do capítulo do relatório do mesmo IPCC que trata da “detecção das mudanças climáticas e suas causas”.
A leitura desses arquivos sugere, como bem resumiu Andrew Bolt, uma grande e embaraçosa teia de conluios, falsificações, destruição (possivelmente ilegal) de dados e informações, resistência organizada à divulgação de ideias contrárias, manipulação de dados estatísticos, admissão privada de erros e muito mais.
Para se ter uma ideia do descalabro, há um e-mail de Kevin Trenberth que, entre confuso e arrogante, tenta entender por que não há qualquer aquecimento desde 1998. Diz o valente: “O fato é que não podemos explicar a falta de aquecimento no momento e é ridículo que nós não possamos.” Então, no lugar de celebrar a boa notícia, o indigitado prefere culpar o termômetro pela ausência de febre e arremata: “Nosso sistema de observação é inadequado.” Seria cômico, não fosse trágico.
As mensagens também mostram, em cores nítidas, como o Dr. Phil Jones discute com os colegas as táticas e estratagemas para evitar liberação de dados para cientistas de fora da sua igrejinha. Ficamos conhecendo cada uma das desculpas e artimanhas utilizadas para ocultar as medições primárias sobre as quais seus registros de temperatura foram baseados e elaborados. Além disso, a turma é instada, por mais de uma ocasião, a apagar arquivos de dados armazenados em seus computadores.
É profundamente lamentável verificar o descaramento com que se manipulam dados, sempre visando a reduzir os registros de temperaturas passadas e “ajustar” as mais recentes para cima, a fim de dar impressão de um aquecimento acelerado. Mas a coisa não para aí. Não bastasse a desonestidade intelectual e desprezo total pelo método científico, há ainda uma implacável determinação para silenciar todo e qualquer especialista que ouse questionar suas “descobertas”.
A estratégia consiste não apenas da recusa sistemática de disponibilizar seus dados básicos à comunidade científica, mas também — e acima de tudo — de tentativas concertadas de desacreditar qualquer jornal ou revista científica que se atreva a publicar os trabalhos e estudos dos chamados céticos. Eis, afinal, como o tal “consenso” foi fabricado.
Ademais, é preocupante que decisões tão importantes para o futuro da humanidade, como as de Copenhague, venham a ser tomadas a partir de informações no mínimo imprecisas e viciadas por interesses muito além da ciência, no lugar de pesquisas isentas, debates abertos e transparentes. Por João Mauad – O Globo
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