Militância abre confronto entre PT e PSOL

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Todo mundo pensava que os confrontos entre manifestantes nos últimos dias traduziam uma equação simples. Seriam militantes oposicionistas contra partidários do governo. Nada disso. A turma do PSOL acusou ontem formalmente o PT de agredi-la.

Filiados ao partido relataram em nota que, após o ato em frente ao Buriti: "Estudantes e militantes do PSOL foram brutalmente agredidos por pessoas pagas pela direção da CUT-DF e do PT para encobrir qualquer manifestação contra o governo Lula".

Havia uma razão para isso. O pessoal do PSOL explicou: "Militantes do partido portavam faixa (foto) lembrando que a corrupção não é privilégio do Arruda, mas foi também praticado no governo Lula. Por Eduardo Brito

A faixa dizia Nem Mensalão do Lula, Nem Mensalão do Arruda. Foi o que desencadeou o confronto. De acordo com os militantes do partido, os agressores "alegaram que receberam as ordens de Rejane Pitanga e Chico Vigilante, presidentes da CUT e do PT para retirar na porrada os militantes do PSOL".

Partido confirma briga, mas não assina nota
Toninho Andrade, presidente regional do PSOL, confirma a exibição da faixa, "pois não podemos conviver com qualquer tipo de ocorrência desse gênero", razão pela qual considera o protesto contra todos os mensalões "lícito e justo". Confirma também que houve um confronto entre os militantes. O PSOL não discutiu, porém, qualquer posição oficial. A nota não é de responsabilidade do partido, embora distribuída por seus militantes.

Acusações a petistas
Se fosse só isso, até que estaria bom. Os militantes do PSOL turbinam suas acusações. "Depois de trair e mentir para os estudantes que ocupavam a Câmara Legislativa do Distrito Federal, o PT através do seu presidente no Distrito Federal, Chico Vigilante chegou a ameaçar qualquer filiado ao PT de expulsão caso permanece na ocupação da Câmara Legilativa", afirma a nota da militância do PSOL. Os partidários de Heloísa Helena responsabilizam Chico Vigilante também por orientar o deputado Cabo Patrício a procurar o Tribunal de Justiça para pedir reintegração de posse, "com isso abrindo uma crise na bancada do PT na Câmara Legislativa".

Reuniões conjuntas
Para o presidente do PSOL, Toninho Andrade, as manifestações devem presevar "forma unitária". Hoje o partido participará de reunião com outras legendas e com representantes de entidades sindicais, CUT inclusive, para definir os próximos passos. Para o sábado já está prevista uma carreata. "Afinal", diz Toninho, "já sabemos que na Câmara será muito difícil fazer qualquer coisa".

A hora dos radicais
Em tempo: a divisão dos militantes não terminam aí, antes muito pelo contrário. Antes do confronto, quando os organizadores se dirigiam ao público, grupos estudantis deixaram o bloco para fechar o trânsito. A presidente da CUT, Rejane Pitanga, estava ao microfone e tentou evitar a zorra. Chegou a advertir os estudantes que a manifestação era contra o governo e a corrupção, não contra a população. Não adiantou. Ou seja, os grupos mais radicais apostaram no confronto com a polícia. Do Alto da Torre - Jornal de Brasília

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