O Preço da Liberdade

Combatentes da liberdade no Irã e na China pagam um alto preço neste Natal



No Irã e na China, o fim de semana do Natal trouxe dois exemplos inspiradores do alto preço que homens e mulheres seguem dispostos a pagar na eterna luta pela liberdade política.

Em Pequim, os chineses comunistas ignoraram os protestos de mais de uma dúzia de países pela condenação do crítico literário Liu Xiaobo de 53 anos, a 11 de prisão, pelo crime de agitação pacífica a favor da democracia. Seu veredicto veio depois de duas horas, um julgamento a portas-fechadas, na quarta-feira, onde os diplomatas, sua esposa e seu advogado foram barrados.

“Quando ele decide fazer algo, ele não se arrepende”, disse sua esposa, Liu Xia, que foi autorizada a falar com o marido por 10 minutos depois que ela se inteirou do destino do marido. “Ele disse que espera ser a última pessoa punida por praticar a liberdade de expressão na China”.

Não me admira que as autoridades chinesas tenham tanto medo de Liu, quem detém o poder do espírito individual inquebrável.

Enquanto isso, em Teerã, os manifestantes democráticos continuam arriscando suas vidas e liberdade, indo para as ruas, apesar da repressão do governo cada vez mais brutal. No domingo, as forças de segurança abriram fogo contra manifestantes no bairro Praça da Universidade, matando pelo menos quatro (já são mais dez) e ferindo dezenas, de acordo com testemunhas da oposição sites da Web. O sobrinho do líder da oposição e ex-candidato presidencial Mir Hossein Mousavi estava entre os mortos.

É impossível saber quando é estes combatentes da liberdade conseguirão realizar seus objetivos democráticos, mas eles merecem a nossa admiração e apoio.
The Wall Street Journal Tradução de Arthur para o MOVCC



NOVOS PROTESTOS NO IRÃ APÓS A MORTE DO SOBRINHO DE MOUSSAVI
Na capital do Irã e outras cidades do país voltaram a ser palco de novos protestos, violência e repressão por parte das forças de segurança iranianas na madrugada desta segunda-feira, horas após os
piores confrontos desde junho entre opositores do governo e as forças atingirem Teerã , entre outras cidades. A rede de tevê estatal iraniana afirmou nesta segunda-feira que oito pessoas foram mortas nos protestos de domingo, citando informações do Conselho Supremo de Segurança Nacional da República Islâmica. Mais cedo, o jornal americano "The New York Times" havia informado que o número de mortos no conflito chegava a dez

"Conselho Supremo de Segurança Nacional da República Islâmica: 8 mortos em protestos contra o governo do Irã", noticiou a Press TV, estatal com transmissão em inglês, sem dar mais detalhes. Antes, no entanto, a polícia negara envolvimento nas mortes, dizendo que três delas foram acidentes e que outra foi causada por um tiro não disparado por policiais, sem dar detalhes sobre os demais casos. As autoridades ainda disseram que as mortes estão sendo investigadas.

Um dos mortos é o sobrinho do líder da oposição, Mir Houssein Moussavi. O jovem Seyed Ali Mousavi, de 20 anos, teria tomado um tiro no coração. Entre os 300 presos nas manifestações de domingo está outro político de destaque da oposição, Ebrahim Yazdi, segundo o site reformista Jaras. Yazdi foi ministro do Exterior depois da Revolução de 1979 e agora lidera o Movimento de Liberdade do Irã. De acordo com o canal de televisão estatal Press TV, também estão entre os presos membros do grupo de oposição Mujahideen do Povo, que está banido.

Nesta segunda-feira, um site da oposição informou que a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os partidários de Moussavi, que iniciaram uma nova manifestação contra a morte do sobrinho do candidato derrotado.

"Um grupo de partidários de Moussavi se reuniu em frente ao hospital onde o corpo do sobrinho foil mantido. A polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersá-los", disse o site Norooz. De acordo com manifestantes na internet, a família do rapaz morto teria sido ameaçada pelas autoridades. Segundo relatos no Twitter, se a família falar sobre a morte de Ali ou sobre seu funeral, o corpo do jovem não será entregue aos parentes.
O Globo - Agências internacionais

Um comentário:

gilberto2pts@hotmail.com disse...

as pessoas n ligam por isso ser ''no outro lado do mundo'' , + esta perto de acontecer aki , logo seremos nos morrendo nas ruas.... a não , isso já acontece ... e sem motivo algum ....jah somos iludidos , forçados e roubados , calados , qual será o preço da nossa liberdade?se o nosso suor se vai de graça ...