Venezuela de Chávez é um dos poucos santuários que ainda restam a ETA

O jornal espanhol ABC, afirmou que o "Movimento Continental Bolivariano dá cobertura à “esquerda-abertzale” para enaltecer na América do Sul os pistoleiros do ETA e seus cúmplices de Batasuna e, ao mesmo tempo, para atacar o “imperialismo espanhol”.

O grupo narcoterrorista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (
FARC) foi rápido para mostrar sua adesão ao novo projeto "chavista”, o que motivou as autoridades de Bogotá, através da Procuradoria Geral a abrirem uma investigação.

Entre os 30 delegados que assistiram a assembléia constituinte estava Iñaki Gil de San Vicente, que figura na organização do MCB como um de seus principais dirigentes. Em Caracas, acolhido pelo regime de Chávez, ele foi apresentado como "revolucionário" e "integrante da esquerda separatista basca”.

ASSASSINAR JORNALISTAS
Não lhe faltam "méritos", pois, segundo relatórios da polícia enviados ao Procurador-Geral do Estado, Gil pertencia a meados dos anos noventa ao "KAS-técnico", órgão que transmitia a HB às consignas do ETA. Naquela época, o KAS elaborou um documento no qual propunha assassinar jornalistas.

Mais recentemente, ele foi apontado pelos Serviços de Informações da Colômbia como sendo o elo entre o autodenominado Movimento de Libertação Nacional Basco (MLNV), cuja vanguarda é a ETA, e as FARC. Na verdade, ele chefiou a delegação que a "esquerda nacionalista" enviou a Caracas no ano passado, para uma homenagem em tributo ao cabeça das Farc, Manuel Marulanda Vélez "Tirofijo", morto em um confronto com o Exército.

Além disso, a polícia encontrou no computador do ex-número dois dessa banda narcoterrorista [Raul Reys], a Luis Eduardo Devia, que aparece em fotografias com Gil de San Vicente e Walter Wendelin, um destacado dirigente de Askapena, a “ong” da ETA.

Com tal “currículum-mortis”, Gil não decepcionou no discurso que fez durante a assembléia do MCB. Assim, ele chamou a "preparação para a guerra", porque "o império (EUA, Espanha, UE ...) está disposto a lançá-la contra nossos povos, e não podemos ficar de braços cruzados."

A Venezuela de Chávez é um dos poucos "santuários" que ainda restam a ETA. Daí que resultem inquietantes as iniciativas do MCB para assegurar a impunidade dos pistoleiros que lá residem e, também para criar condições de acolhida a outros etarras (terroristas) que possam chegar no futuro, fugitivos da justiça espanhola.

Pois bem, Gil de San Vicente preparou para o MCB vários documentos dirigidos às "Américas", e muito especialmente à Venezuela, para dar abrigo e amparo aos fugitivos da ETA.

Para este fim, elogiou o regime de Chávez ao assinalar que "o Governo bolivariano da Venezuela, assim como o de Cuba e outros povos das Américas, se caracteriza por uma retidão humanista democrática demonstrada tanto no seu proceder interno geral e permanente, como na sua política externa, internacionalista e respeitosa para com os direitos humanos.

O novo MCB tem como órgão de propaganda a denominada Agência Bolivariana de Imprensa, dedicada a enaltecer, praticamente por igual, ao Chávez e os terroristas da ETA e das Farc - à qual ele se refere como "o povo em armas”

A citada agência “chavista” difunde, por exemplo, panfletos a favor dos presos etarras, as mensagens de Otegi e compara Che ao etarra Pakito Arriarán, morto quando combatia a guerrilha salvadorenha.

Recentemente, Gil deu suporte para justificar "todas as formas de luta" dos "povos oprimidos", como "Euskalherria", onde, segundo ele, "há agora quatro desaparecidos por motivos políticos". A juízo de Gil "os povos têm direito a recorrer às formas de luta que decidam".

Por D. Martinez / J. Pagola Madrid -
ABC via Notícias24Tradução de Arthur para o MOVCC

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