Decreto de Lula ignora vítimas do terrorismo

Enquanto as vítimas da guerriha padecem, seus algozes continuam sendo premiados com gordas indenizações, pelos crimes que cometeram. Ao mesmo tempo em que o governo provoca a Nação, atentando contra seu Estado de Direito, assessores próximos de Lula, do alto de suas arrogâncias e convictos de que estão acima da lei, afirmam de boca cheia que os “militantes de esquerda têm orgulho de suas atuações”. É o que você vai ler abaixo. Por Arthur/Gabriela


Curtas de Cláudio Humberto
O “3º Programa de Direitos Humanos”, que Lula assinou sem ler, não prevê a revisão de casos como o de Mário Kozel (na foto), um garoto de 18 anos morto em junho de 1968 pela Vanguarda Popular Revolucionária, que explodiu um caminhão com 15kg de dinamite na porta do II Exército, em São Paulo. Mário era só um sentinela. Seu pai morreu de desgosto e a mãe passou a receber pensão de R$ 330 apenas 40 anos depois.

Indignidade
A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça premiou os algozes do sentinela Mário Kozel: R$400 mil de “atrasados” e R$1.700 de pensão

Injustiça
Orlando Lovecchio teve a perna arrancada por uma bomba da Aliança Libertadora Nacional em 1968. A Comissão de Anistia não o indenizou

Distorção
A pensão especial de Orlando Lovecchio, de R$ 571, é um terço do valor da indenização atribuía pela Comissão de Anistia a seus algozes.

Perdas e Danos
“Reparação” está agitando a caserna. O longa é sobre Orlando Lovecchio, que perdeu uma perna no atentado a bomba ao consulado dos EUA em São Paulo, em 1968. Sua aposentadoria, porém, é menor que a do suposto autor do atentado, Diógenes de Oliveira, ex-VPR. Revista IstoÉ


FOI SEM QUERER QUERENDO
Lula fala em mudar algumas coisinhas dessa aberração quando, na verdade, ela deveria ir inteira para o lixo. O 'magnânimo' pretende fazer pequenas concessões, mudar expressões contidas programa, como: a comissão vai apurar violações “praticadas no contexto da repressão política”, para violações “praticadas no contexto de conflitos políticos”. Lula também vai ordenar mudanças no trecho sobre aborto.

Mas outros pontos essenciais da estrovenga permanecerão intactos, como o amordaçamento da imprensa e outras arapucas para a sociedade e para as FA; dentre elas, está a criação de um grupo para discutir com o Congresso iniciativas propondo a revogação de leis remanescentes da ditadura e que tenham sustentado violações — ponto interpretado pelos militares como brecha para rever a Lei da Anistia. Por Arthur/Gabriela


Veja o que diz um trecho da matéria de Gerson Camarotti do O Globo:

“Há consenso no Planalto de que não haverá problema na substituição do texto, com a inclusão da expressão “conflito político”. Ontem, ministros disseram a que a Comissão da Verdade pode ouvir também integrantes da esquerda armada.

Um assessor disse que quem se esconde em relação a esse tema “é o pessoal do porão”, referência a militares acusados de tortura e assassinato.

E acrescentou que os militantes de esquerda têm orgulho de suas atuações. Também citou a atuação do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi em São Paulo, de 1970 a 1974, período em que muitos militantes foram mortos e torturados.

Participaram da reunião o vice-presidente José Alencar, Dilma Rousseff (Casa Civil), Franklin Martins (Secretaria de Comunicação), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Nelson Barbosa (secretário-executivo da Fazenda).


O TAL GRUPO SERÁ CHEFIADO POR ELA: ERENICE GUERRA
Depois de ouvir os ministros Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e Nelson Jobim (Defesa) sobre o texto do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, o presidente Lula deverá indicar integrantes do alto escalão para compor o grupo encarregado de elaborar o projeto de lei destinado a tratar do funcionamento da comissão da verdade, pivô da crise com militares. "Para que depois ninguém diga que não leu o documento", diz um auxiliar do presidente.

Como o decreto prevê que o grupo seja chefiado pela Casa Civil, o nome mais forte em circulação no Palácio do Planalto para comandar o debate é o de Erenice Guerra, secretária-executiva da pasta e desde sempre braço direito da ministra Dilma Rousseff. Por Silvio Navarro - Folha de S. Paulo

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