Infraero: sob o comando petista fraudes atingem a R$ 1bi

SUPERFATURAMENTO DAS OBRAS DARIA PARA CONSTRUIR 34.193 CASAS POPULARES

O loteamento político da Infraero no governo Lula é citado como um dos responsáveis pelas falhas na administração do setor de aviação e a crise enfrentada nos últimos anos. O Relatório final da Operação Caixa Preta sustenta que o desvio é resultado de um esquema de fraudes em licitações arquitetado pela cúpula da estatal, sob o comando do petista, Carlos Wilson.

A Polícia Federal apontou superfaturamento de R$ 991,8 milhões nas obras de dez aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) - Corumbá, Congonhas, Guarulhos, Brasília, Goiânia, Cuiabá, Macapá, Uberlândia, Vitória e Santos Dumont. Todas as obras foram contratadas durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2006.

São alvos do inquérito 18 empreiteiras: Odebrecht, OAS, Carioca, Construcap, Camargo Corrêa, Galvão, Via Engenharia, Queiroz Galvão, Constran, Mendes Júnior, Serveng Civilsan, Gautama, Beter, Estacon, Financial, Enpress, Triunfo e Cima. Você continua a leitura no Estadão


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No começo do governo, em 2003, Lula nomeou o petista Carlos Wilson para o comando do órgão. Nesse período, o número de funcionários comissionados na Infraero chegou a 240. Ele deixou o cargo em 2006, para disputar uma vaga na Câmara. Sua gestão foi um dos principais objetos da CPI do Apagão Aéreo, instalada na Câmara. Carlos Wilson foi então substituído pelo o brigadeiro José Carlos Pereira. Por Felipe Recondo – O Estado de São Paulo



EMPREITEIRA GANHA 1.957% A MAIS QUE NO PRIMEIRO ANO DE LULA
Em sete anos, União pagou R$ 2 bilhões à companhia, que também tem negócios diversos (e questionados) em vários municípios.

Uma empreiteira que até o fim da década de 90 era desconhecida virou, no ano passado, a maior recebedora de recursos do governo federal. Trata-se da Delta Construções, que recebeu em 2009 R$ 720,1 milhões, quase o dobro de 2008 e 1.957% a mais do que no primeiro ano do governo Lula, 2003. Seu faturamento passou de R$ 251,7 milhões, em 2002 (último ano do governo FHC), para R$ 1,3 bilhão em 2008. Assinante da Folha lê mais em
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FINANCIAMENTO DO BNDES
Não é a primeira vez que o governo atua para formar grandes empresas de capital nacional, tendo o BNDES (como o principal financiador dessas operações.

Entre 2008 e 2009, o banco estatal injetou quase R$ 7 bilhões para viabilizar a incorporação da Brasil Telecom pela Oi. Em 2007, o BNDES comprou cerca de R$ 4 bilhões em ações (a valores de 2009) dos frigoríficos JBS e Bertin, o que possibilitou a fusão dos dois grupos no ano passado.

No caso da BrT-Oi, o presidente Lula ainda teve que editar um decreto sob medida para permitir a união das duas empresas. O setor elétrico está na esfera de influência direta da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata à sucessão presidencial. Ela comandou a pasta de Minas e Energia no primeiro mandato do presidente Lula. Todos os grandes temas da área passam por sua mesa. Folha de São Paulo

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