Militantes ganham transporte e comida para ir aplaudir Dilma

A POLÍTICA DO REQUEIJÃO



FILA DA COXINHA
“Militantes” que ganharam transporte e lanche aguardam para entrar em evento com Dilma. Foto de Cristiano Mariz


A campanha da ministra Dilma Rousseff ainda não empolgou a militância petista - ou o que ainda resta dela. Isso tem ficado evidente nos diversos eventos de que a ministra e o presidente Lula têm participado. Em Jenipapo, não se viam camisas vermelhas nem bandeiras com a estrela do PT. Os espectadores eram lavradores, empregadas domésticas, pedreiros, gente muito humilde, meio calada, atraída pela promessa de lanche no evento. Revista Veja

Como o lavrador Antônio Cesário, morador de Granjas, a cerca de duas horas do local da barragem, que decidiu comparecer à inauguração de olho na promessa que lhe fizeram os funcionários da prefeitura. “Pão e requeijão”, conta. “Em casa, só tem requeijão quando vai uma visita muito importante”, comentou. Depois de duas horas apertado em um ônibus superlotado, com mais de cinquenta pessoas, o lavrador diz ter tirado a sorte grande. Encontrou coisa muito melhor que pão com requeijão: 45 000 salgadinhos feitos por um dos bufês mais caros de Belo Horizonte. Tudo de graça.

O mesmo método de atração de militantes foi usado com mais eficiência no Maranhão uma semana antes, no lançamento da pedra fundamental da Refinaria Premium I da Petrobras, em Bacabeira, perto de São Luís. Cerca de trinta ônibus transportaram recrutas de vários pontos do estado. Funcionários públicos e estudantes de colégios estaduais foram liberados de suas obrigações para engrossar a claque de apoio à família Sarney, ao presidente Lula e, é claro, a Dilma Rousseff. Na porta do local onde será erguida a refinaria, cabos eleitorais esperavam os moradores dos grotões do estado com bandeiras de plástico que estampavam a frase: “Obrigado, presidente”. A maior evidência de que o quórum nas aparições da pré-campanha petista é artificial pode estar no fracasso da inauguração da escola técnica em Araçuaí, cidade vizinha a Jenipapo de Minas. A estrutura foi montada para comportar 7 000 pessoas, mas apenas 500 testemunharam Lula elogiar sua candidata. Lá, a máquina pública não participou da engrenagem para atrair “militantes”. Não houve o aluguel de ônibus, nem lanchinho, nem requeijão, nem refrigerante. Os poucos que compareceram tiveram de se contentar com um copo de água.

4 comentários:

ARTHUR disse...

A FRASE DE LULA - "A bichinha tá palanqueira".

Sim, Lula quer que o Brasil tenha uma "bichinha" como presidente.

Anônimo disse...

pois é, querem que o Brasil continue na era animal.

bellzinham@hotmail.com disse...

Isso explica 80% de aprovação do governo Lula.
Um banco feito de tábua rústica na carroceria de um caminhão velho, com direito a coxinha e guaraná sarandi. Com esse agrado o povão pobre e miserável garante a popularidade do Robin Hood as avessas.

Joana D'Arc disse...

Há de se reconhecer que houve progresso no cardápio oferecido...
Agora é coxinha, antes era sanduiche de mortadela.