Unesco: Brasil tem maior repetência da AL

ERA LULÍSTICA

No relatório “Alcançando os Marginalizados”, divulgado ontem pela Unesco em Nova York, o Brasil continua sendo o país com o maior número de crianças fora da escola na América Latina e no Caribe.

O país também teve os piores números de repetência na escola primária: a taxa brasileira foi de 19% em 2007, enquanto os índices dos vizinhos latino-americanos e caribenhos giraram em torno de 4%. O estudo é elaborado anualmente por uma equipe independente e publicado pela Unesco. A ideia é monitorar os avanços mundiais na tentativa de atingir os objetivos do Educação Para Todos — fixados por cerca de 160 países em 2000, no Senegal.

Em comparação com países de todos os continentes, o Brasil é o 12º no ranking dos que têm mais crianças fora da escola: foram 901 mil em 2007, com idades entre 7 e 10 anos. No mundo, 72 milhões de crianças não têm acesso à educação.

A pesquisa avaliou ainda o tipo de educação, com testes de leitura em alunos com oito anos de escola. Entre 36% e 58% dos estudantes do Brasil, Chile, Colômbia, México, Uruguai e Argentina não demonstraram a capacidade de leitura que alunos de países desenvolvidos alcançam no meio da escola primária.

Segundo os autores do relatório, a comunidade internacional não está próxima de atingir a universalização do ensino fundamental até 2015.O Globo


TRIPLICA O DESEMPREGO ENTRE JOVENS
Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que é preocupante a falta de investimento na juventude brasileira. Um dos maiores desafios para o governo é lidar com o desemprego crescente entre os jovens e os efeitos que o problema terá no futuro deles. Na faixa etária dos 16 aos 20 anos, a taxa de desemprego passou de 7%, em 1987, para mais de 20%, em 2007. Na faixa dos 21 aos 29 anos, o desemprego mais que dobrou, passando de 5% para 11% no mesmo período.

Em 2007, havia 4,8 milhões de jovens desempregados, 60,74% do total de desempregados no país. O desemprego nesta faixa etária é três vezes maior que entre adultos. Especialmente elevado (19,8%) era o número de jovens que não estudavam nem trabalhavam. Por Vivian Oswald - Leia mais em
O Globo

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