Esquerda Sinistra

Depois de usufruir gostosamente do erário público, não será a Garanhuns que o desprezível presidente escolherá para viver, considerar-se-á um homem internacional de múltiplos conhecimentos políticos e, como imitação de FHC, fará ‘palestras’, se exibirá às plateias europeias, que morrerão de rir com as suas tiradas de improviso, na sua linguagem dialetal, regada à melhor cachacinha da temporada. Sem o poder nas mãos, sem a caneta nervosa que assina de motu proprio, não haverá esquadrilha que faça Sarkozy segurar-lhe o braço, na bajulação nojenta, para que não desabe da tribuna, o desbocado, o etílico, a Vergonha Nacional.

Diz a propaganda turística de Garanhuns que “quem bebe a água desta cidade, a ela retorna”. A ser verdadeira a legenda publicitária, o berço do nosso estadista não verá de novo o seu dileto filho, e do Brasil, tendo em vista, há muito, preferir as goladas dos alambicados e dos maltados.


Integrar-se-á ao exótico acervo político-folclórico das grandes metrópoles, pois o Agreste, provinciano, será pequeno para conter a jactância do “homem que sabia javanês”. Lima Barreto, se vivo fosse, teria um mote de porte para a sua caricatura política.


Do macacão ou da calça jeans ao terno bem-talhado, há uma diferença de visual, mas não de mudança intelectual. De sindicalista à Sua Excelência, substituiu-se o tratamento, mas não o comportamento. Qual a razão da palavra ‘esquerda’ designar uma opção de tipos tão estranhos, tão revoltados com a natureza social, que insistem em impor o avesso das coisas, como norma de conduta? É como quererem pôr no pé direito o sapato esquerdo e vice-versa, sem questionarem o incômodo da troca imbecil e considerarem-na como norma natural.

Por Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira. Aqui

2 comentários:

Fusca disse...

Excelente análise. Pena que a grande mídia lulogolpista distorce totalmente os fatos. O país que mais sofreu no mundo com a crise internacional - 7,75 milhões de DEMITIDOS EM 2009 - é descrito como a economia que melhor se saiu na crise depois da China, graças ao "estadista global" e sua infinita inteligência. A inteligência, "sorte", "visão" de Lulla só tem um nome: Henrique Meirelles. O único mérito de Lulla nessa questão foi ter a raríssima e provavemente única ocasião em que teve a humildade de reconhecer que alguém entende mais de economia do que elle. Esperto e traiçoeiro como é, tomou para si todos os créditos dos governos anteriores e da condução de Meirelles da política monetária brasileira. E para seu séquito de petralhas, continuou bradando contra o monetarismo, neoliberalismo, capitalismo e "americanismo" (mesmo com a Halliburton de Cheney fazendo altos negócios com a PTrobrás)...

Joana D'Arc disse...

A metamorfose da besta:
O esculacho antes;
O botox depois.