Graças ao Senhor de toda a justiça, a morte de Tamayo está provocando protestos no mundo inteiro. Os Estados Unidos, a União Europeia e o Canadá exigem a libertação de todos os presos políticos em Cuba (duzentos, segundo os dissidentes).
Em artigo para o Boston Globe (http://www.pricewrites.com/articles/2003/03/eric_hobsbawm.php), o jornalista Matthew Price conta que perguntaram para o propalado historiador Eric Hobsbawn, leitura obrigatória nas universidades brasileiras, se a perda de vinte milhões de pessoas no regime comunista da antiga União Soviética havia sido justificável. Sem hesitar diante das câmeras de TV, Hobsbawn respondeu: "Sim."
Há quem diga que o comunismo acabou, mas (que curioso!), mesmo morto, continua matando. Dias depois da publicação do artigo de Price, em março de 2003, houve a chamada Primavera Negra em Cuba, uma onda de prisões de dissidentes do regime castrista. Entre 75 outros cubanos, Orlando Zapata Tamayo foi preso. Seus crimes: "desrespeito, desordem pública e resistência". Sua pena: 36 anos de detenção. No cárcere, vinha sofrendo graves espancamentos, maus-tratos e tortura psicológica. Quase sete anos depois, no dia 3 de dezembro de 2009, Tamayo decidiu que seu martírio não seria em vão: começou uma greve de fome pelo fim da ditadura em Cuba. O chefe da prisão resolveu "dar uma forcinha" para a greve e mandou que negassem água ao preso. Hospitalizado com falência renal, foi posto nu em um quarto com um forte ar-condicionado e contraiu pneumonia. Em seguida, sem tratamento, foi levado de volta para a prisão, largado para morrer. No dia 23 de fevereiro deste ano, depois de 85 dias sem se alimentar, Tamayo falece.
Diante do ocorrido, qual o veredito de Raúl Castro, irmão do ditador? "A culpa é dos Estados Unidos." NORMA BRAGA. Continue lendo no Mídia sem Máscara ( aqui )
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