
“Mesmo não tendo nascido no Rio, sou louca por essa cidade; e quem não é? Moro aqui desde que me entendo por gente…”
E continua: Agora, a passeata. Será que alguém acreditou que o povo tenha, “espontaneamente”, mandado fazer as faixas, bandeiras e camisetas falando da “covardia” contra o Rio? Quem teve a grande ideia de usar palavra — ridícula, por sinal — deveria antes consultar o dicionário para ver que “covardia” não tem nada a ver com o assunto. Para quem viu pela TV ou prestou atenção às fotos dos jornais, ficou claro que a avenida Rio Branco não bombou, mas não bombou mesmo. Nada nem de longe parecido com a vibração da passeata contra Collor…” Por Juca Kfouri
E mais: “Deve ter custado caro essa passeata tão chocha, isso numa hora em que o Estado deveria estar economizando, só que não rolou: não rolou como costuma acontecer quando as coisas não são de verdade. Aliás, se existe alguém que decididamente não nasceu para levantar as massas, é o nosso governador…”
Aos poucos, os 150 mil dos ufanistas que são 80 mil para os mais ponderados e apenas 10 mil para quem procura ver as coisas como as coisas são, vão se encontrando com a verdade.
Mas a coluna de Danuza é uma boa oportunidade para pingar alguns is, a começar por responder a pergunta feita por ela: “E quem não é?” (louco pelo Rio).Para quem não me conhece ou não me acompanha há muito tempo: já cansei de escrever e falar que acho que o Brasil só será o país que sonhamos quando o Rio, cartão postal do Brasil, voltar a ser o que ensaiava nos anos 50 e começo dos 60.
Sou filho de mãe carioca e acho o Rio das cidades mais belas do mundo, se não for a mais.Diferentemente de São Paulo, onde nasci e vivo há 60 anos, cidade feia, inóspita, sem jeito, tantos foram os crimes urbanísticos cometidos contra a Paulicéia desvairada.
Com frequência vejo paulistas como eu me mandarem morar no Rio, ofendidos, bobamente, com a verdade singela sobre São Paulo que, é claro, tem aqui e ali seu charme, bons restaurantes, cinemas e teatros.
É a mesma bobagem que alguns fazem quando você elogia a Espanha, por exemplo, e mandam você ir morar lá.
São Paulo, além do mais, devia se chamar Corinthians…Brincadeiras à parte, também considero que o Rio foi massacrado duas vezes nos anos 60: primeiramente com a mudança da capital para Brasília, grande erro de JK, porque fez mal ao Rio e não fez bem ao Brasil, ao isolar o mundo político no Brasil Central.
Fazer Brasília não deveria ter o objetivo de mudar a capital.O outro golpe foi mesmo o Golpe de 1964, que sufocou o Brasil inteiro, mas prejudicou uma ebulição criativa sem igual, na música, no cinema e até mesmo no esporte brasileiros.
Música e cinema majoritariamente concentrados no Rio.E é por essas coisas que nem respondo aos que, por burro bairrismo (redundância, aliás), vêem bairrismo em tudo.
2 comentários:
Juca Kfouri,
O dia em que o governador chorou frente às câmeras foi de lascar!
Foi mentiroso aquele choro. Aquilo, irritou, isto sim....
A cara de pau destes esquerdistas empedernidos e frustrados é irritante. Sempre colocam a contra revoluçaõde março de 1964 como responsável por algo que está acontecendo aqui e agora. A incompetência do Serginho Cabral, associada ao seu puxasaquismo explícito são os únicos responsáveis pela inconstitucional quebra de contrato. Quanto ao pré-sal ninguém precisa se preocupar, pois o petróleo que está no fundo do mar ainda dormirá lá por muitos e muitos anos e sabe-se lá se um dia sairá de lá
Postar um comentário