Freud apresentou ao mundo o fenômeno do inconsciente e sua dinâmica, mostrando com que facilidade o homem é capaz de trair-se pelas próprias palavras, desvelando assim, suas intenções ocultas. Foi o que aconteceu com Lula ao comparar dissidentes de regimes ditatoriais a bandidos comuns. O fato chocante dessa declaração é que hoje parece estar cada vez mais difícil para Lula esconder quem realmente é: uma pessoa sem princípios, um sempre sindicalista esperto que conseguiu atrair para si, aqueles que precisavam ter uma figura mítica em quem depositar seus ideais. Isto deu certo, por ser um operário capaz de esbravejar contra os "poderosos".
Hoje, pode-se até concluir que o fazia mais por oportunismo do que por algum tipo de ideal. Continua atuando dessa forma, esbravejando ainda contra os"poderosos" de ocasião mas sempre pronto a compor com quem lhe trouxer vantagens e dividendos políticos. Entretanto, esta máscara que sempre lhe caiu tão bem, veio por terra no momento em que sua declaração revelou uma senha das mais autoritárias: a de que todo inimigo deve ser considerado e tratado como bandido por todos os seus seguidores. E, por favor, não há nada que atenue tal declaração; ela desvela a face aterrorizante de uma figura que sempre se beneficiou de uma excelente atuação neste palco que é a política brasileira. Eliana França Mendes
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