O Senhor é um "Cesar"


Ao receber Lula, Shimon Peres assinalou que o processo de paz não foi rompido, apesar da recente crise entre Estados Unidos e Israel em torno do anúncio israelense da expansão de assentamentos em territórios palestinos. Peres também fez questão de assinalar que seu país receberia a contribuição do governo brasileiro para o processo de paz.

Mas em nenhum momento fez alusão à pretensão de Lula de atuar como mediador. "Sei que o senhor traz uma mensagem em favor da paz. A sua contribuição será bem recebida", afirmou Peres. "Pode haver crise, mas não haverá rompimento do processo de paz em si. Vamos superar a crise porque esse processo já está sendo construído e negociado", acrescentou.

Em seu curto pronunciamento de boas-vindas, Peres fez seguidos elogios a Lula e chegou a qualificar o brasileiro como "César" - uma referência abrangente e sem justificativa aos governantes romanos. "O senhor é um César. É um presidente que leva a esperança de paz. O mundo olha para o senhor e vê esperança e sonho, que o senhor transformou em feitos", afirmou. Yahoo - Notícias

( Destaque -Movcc) - O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse no domingo, ao chegar a Jerusalém, que não apenas um diálogo com o Irã ainda é possível, como também o país de Ahmadinejad pode assumir um papel de mediador na questão palestina.

"Achamos que se o Irã ficar isolado, vai ser pior. Nós já temos outras experiências muito infrutíferas de tentativa de isolamento e bloqueio. A única coisa que isso pode trazer é consolidar uma posição ainda mais dura dos iranianos", disse Garcia ao chegar a Jerusalém com comitiva presidencial.

Lula defende 'que se ouça mais gente' no processo de paz do Oriente Médio

Em seu discurso na residência oficial do presidente de Israel, Shimon Peres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "é importante que se ouça mais gente" na busca por soluções para o conflito entre israelenses e palestinos.

"Se fosse tarefa fácil, já teriam conquistado a paz. Por ser difícil, é importante que se ouça mais gente", disse o presidente brasileiro em Jerusalém.

O anfitrião Peres, que discursou antes de Lula, fez uma referência breve à possível contribuição brasileira ao processo de paz na região.

"Sei que o senhor traz uma mensagem de paz. Sua contribuição será bem-vinda", disse o presidente israelense.

Na primeira visita oficial de um presidente brasileiro a Israel, Lula tenta lançar o Brasil como mediador numa eventual retomada do processo de paz entre as duas partes, que está congelado desde dezembro 2008.

No entanto, a posição brasileira no diálogo com o Irã é vista por muitos setores da sociedade israelense como um obstáculo à iniciativa de Lula.

O ponto-chave da crítica ao Brasil está na aproximação entre Lula e o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que não disfarça suas posições incendiárias como a negação do Holocausto e o objetivo de riscar Israel do mapa.

A visita oficial de Lula iniciada nesta segunda-feira termina na quarta, quando o presidente parte para a Jordânia.

Fracasso americano A crise atual entre israelenses e palestinos foi detonada durante a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, na semana passada.

Biden planejava lançar um novo processo de negociações indiretas entre os dois lados, quando o Ministério da Defesa de Israel aprovou a construção de 112 residências no assentamento de Beitar Ilit, em território ocupado na Cisjordânia.

O anúncio foi visto como uma ameaça à retomada das negociações, mas a pá de cal veio no dia seguinte, quando o Ministério do Interior, controlado pelo Shas, partido ultraortodoxo e a favor da ampliação dos assentamentos, divulgou a aprovação da construção de 1,6 mil casas em Jerusalém Oriental, que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado.

A decisão, classificada por muitos como uma humilhação a Biden, azedou relações entre Estados Unidos e Israel e marcou o fracasso da visita do vice de Barack Obama.

Não tardou para que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se retirasse das negociações, Israel decretasse o fechamento temporário do acesso à Cisjordânia e reforçasse o policiamento em Jerusalém.
O processo de paz já estava congelado desde dezembro de 2008, quando o presidente palestino suspendeu o diálogo com o ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert. Na época, Israel tinha iniciado uma nova ofensiva militar na Faixa de Gaza.

Contribuição brasileira Em meio a essa crescente tensão, Lula chega para sua primeira visita com a ambição de se lançar como mediador de um novo processo de paz.

Segundo o governo brasileiro, a visita de Lula "coroa" um processo iniciado há cinco anos com a aproximação gradual do Oriente Médio.

Diplomatas brasileiros ouvidos pela BBC Brasil disseram que, nessa visita oficial, o país buscaria "arejar" o debate trazendo novos atores para a mesa de negociação, como ficou evidente no discurso de Lula.
Não está claro se o Brasil traz na manga alguma proposta nova. A posição brasileira, no entanto, é conhecida.

Segundo a Presidência, a criação de um Estado palestino é uma necessidade urgente, e a ampliação dos assentamentos, inadmissível para o reinício das negociações.

Analistas americanos entrevistados pela BBC Brasil disseram que a visita de Lula pode representar um elemento novo e positivo no processo de paz, mas tem poucas chances de obter algum avanço.
O obstáculo iraniano O principal obstáculo ao papel que o Brasil pretende desempenhar no questão da Palestina é a aproximação entre Lula e Ahmadinejad.

Durante a visita do chefe de Estado brasileiro, Israel tentará, mais um vez, alertar o Brasil sobre o "perigo" representado pelo Irã e defender a sua tese de que apenas duras sanções contra o país podem impedi-lo de desenvolver uma bomba atômica.

Mas o alerta esbarra na conhecida posição de engajamento da diplomacia brasileira, que defende o diálogo com os iranianos ao invés das sanções.

O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse no domingo, ao chegar a Jerusalém, que não apenas um diálogo com o Irã ainda é possível, como também o país de Ahmadinejad pode assumir um papel de mediador na questão palestina.

"Achamos que se o Irã ficar isolado, vai ser pior. Nós já temos outras experiências muito infrutíferas de tentativa de isolamento e bloqueio. A única coisa que isso pode trazer é consolidar uma posição ainda mais dura dos iranianos", disse Garcia ao chegar a Jerusalém com comitiva presidencial. BBC - Brasil




2 comentários:

Joana D'Arc disse...

Essa adulação internacional a essa figura abjeta só nos revolve o estômago.
Ser comparado a César?! que tal Hitler? não lhe cai melhor?
E como 'o cara' é um 'assembleista' inato, vai logo propondo um 'conselho' (talvez para não carregar sozinho a derrota, afinal, elle só quer os louros da vitória), na questão árabe/israelense.

bellzinham@hotmail.com disse...

O senhor é um César ( montado num Jegue)...Lula por onde passa leva utopia,ilusão,arrogancia e mentiras na esperança de eternizar se como lider mundial, mas , que não passará de andarilho errante e Imperador das gafes, contador de piadas e bobo das cortes internacionais.Portador nato do virus do Jegue que se auto intitula depositário natural do virus da paz.