Após críticas, Dilma parte para embate com oposição: 'É uma vilania'

Essa mulher é uma enxada, ou um golpe de machado. A sua rudeza ultrapassa todos os limites. (MOVCC).

FORTALEZA - A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, partiu para o embate nesta terça-feira com a oposição após a polêmica provocada por sua declaração - de que "não foge da luta" - interpretada como crítica a ex-exilados políticos. Em entrevista ao programa de rádio "Show da Manhã", em Fortaleza, Dilma classificou como "vilania" a atitude da oposição. E mandou um recado:
- Não tentem me atemorizar, que não vão conseguir. Eu me refiro aqui a toda minha trajetória de vida, e a meu compromisso. Às coisas que não esperem que eu faça, que eu não farei. Eu não fujo da raia. Pode vir, pode atacar, pode tentar criar situações adversas. Não pensem que com isso me atemorizarão, porque não vão me atemorizar. Foi nesse sentido que falei. É uma vilania - declarou a ex-ministra, que, na véspera, divulgou uma nota sobre o caso
.
Dilma voltou a negar que estivesse se referindo aos ex-exilados políticos. Segundo ela, trata-se de "uma tentativa escancarada, falsa de se manipular uma fala". A ex-ministra rebateu a nota divulgada pelo presidente do PPS, Roberto Freire. ( leia mais: dilma vai ao ceará e irrita aliados de ciro gomes )Por Isabela Martin - O Globo

- Acho que o PPS, como partido de oposição, está tentando manipular uma inverdade. (...) Eu tenho 62 anos, isso significa toda minha vida. Eu não me referi jamais a exílio porque eu não acho que exílio é fugir, sei perfeitamente o que é a diferença entre a vida e a morte. Muitas vezes durante a ditadura, as pessoas se exilaram porque essa era a diferença entre a vida e a morte. É uma tentativa escancarada, falsa de se manipular uma fala - disse a petista, que recebeu o título de cidadã de fortaleza .

Questionada sobre a declaração do general Leônidas Pires Gonçalves, que criou polêmica, na semana retrasada, ao dizer que os exilados da ditadura militar eram, na verdade, "fugitivos", Dilma respondeu:

- O que o general Leônidas falou é o que ele falou. Eu não tenho que responder pela fala de ninguém, eu falo pela minha. E a minha é uma fala muito clara. Meus companheiros generosos, valorosos, que se exilaram, porque no Brasil, num determinado momento, não havia espaço para as pessoas sobreviverem. Dizer que eu não entendo isso é uma tentativa aberta de falsificar a verdade ou é má-fé. É tentar encobrir o fato de que a oposição não tem proposta, com uma afirmação desse tipo - disse.

A ex-ministra ressaltou que estava se referindo à realidade brasileira. Sem citar o escândalo do mensalão, lembrou que não abandonou o governo Lula, durante a crise, em 2005.

- Eu queria que você me dissesse em que momento da fala está escrito algo sobre exílio. Acho, inclusive, que eu me refiro também da realidade aqui no Brasil, as últimas realidades aqui do Brasil. Não fugir da luta significa que, em nenhum momento, eu abandonei o governo do presidente Lula, mesmo quando nós sofremos essas adversidades, em 2005.

Segundo ela, as pessoas que foram para o exílio fugiram da morte. E se entregar à ditadura não era um sinal de fortaleza, mas sim, de fraqueza.

Um comentário:

Anônimo disse...

Diz depois nega o que disse........hummmmmmmmm.....