O que seria apenas a gravação de cenas para um programa de televisão que será exibido no horário eleitoral gratuito do PT, no mês que vem, pode transformar-se em uma enorme crise na campanha da candidata do PT à Presidência da República, com repercussões inimagináveis.
Na terça-feira (27), a candidata ao dirigir-se a um assentamento de agricultores, denominado Pastorinhas, localizado no município de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, utilizando um helicóptero, segundo os produtores do programa, por falta de opção, desceu no Museu Inhotim.
Ainda segundo a equipe de produção, Dilma não sabia que o museu era dirigido por um dos sócios de Marcos Valério na SMP&B, Cristiano Paz, também irmão do presidente do Museu, Bernardo Paz – empresário processado criminalmente por sonegação fiscal e participação na “Máfia do Carvão e Ferro Gusa”, considerado um dos maiores sonegadores fiscais do Estado de Minas Gerais.
O pior é que o Museu Inhotim se mantém praticamente através de um milionário e ainda inexplicado convênio celebrado com a Petrobras, estatal federal em que a candidata, além de ocupar o cargo de conselheira, praticamente indicou toda direção.
O convênio da Petrobras com o Museu Inhotim é tão suspeito que só não foi investigado na CPI das ONGs, ocorrida no Congresso Nacional, por interferência direta do Palácio do Planalto na ocasião em que a candidata Dilma era ministra da Casa Civil. Novo Jornal
Sob o Museu pesa ainda a suspeita de suceder a SMP&B no esquema de lavagem de dinheiro público. O que até hoje nada foi provado.
Na tarde dessa terça-feira circulava na capital mineira rumor de uma possível reunião da candidata Dilma com o grupo do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, outro acusado de pertencer ao esquema do mensalão, conforme reportagem da revista Istoé.
Se houve esta reunião, nada foi documentado, pois com exceção do jornal Estado de Minas, que noticiou a irritação da candidata com a presença da imprensa, ninguém mais teve acesso ao museu e à candidata.
Tudo porque o diretor presidente do Estado de Minas, Álvaro Teixeira da Costa, é um dos integrantes do conselho do museu.
Talvez a candidata não tenha se aconselhado antes com o grupo do ex-ministro Patrus Ananias, pois uma de suas mais próximas companheiras políticas desligou-se há pouco tempo da fundação que dirige o Museu de Inhotim. Tudo após vir à tona o envolvimento de seu presidente, Bernardo Paz, com o esquema de sonegação fiscal e com a “Máfia do Carvão e do Gusa”.
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