A Guarda Revolucionária (Pasdaran), grupo militar do regime iraniano, iniciou nesta quinta-feira treinos de manobras de guerra no Golfo Pérsico em resposta às ameaças nucleares dos Estados Unidos.
"A mensagem mais importante destes exercícios frente às ameaças nucleares americanas é que resistiremos firmemente para mostrar a todos aqueles que ameaçam a paz e a segurança mundiais que não têm capacidade de lançar uma guerra, inclusive nuclear", declarou Ali Shirazi, assessor do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.
Para o asssessor as ameaças americanas são antigas, mas nunca foram levadas a cabo. "Há 31 anos, os Estados Unidos não param de nos ameaçar, mas foram incapazes de fazer algo", acrescentou.
Em sua nova doutrina nuclear, os Estados Unidos afirmam não descartar em caso de conflito um ataque nuclear contra o Irã, a quem acusa de tentar dotar-se de armas nucleares apoiando-se em seu programa civil, apesar dos desmentidos de Teerã.
Durante o primeiro dia de manobras, que prosseguirão até sábado, foi testada uma nova lancha rápida com força de destruição muito importante, segundo as fontes militares. Folha Online
Pentágono
A recente escalada de provocações teve início no sábado (17) durante uma conferência de desarmamento nuclear realizada em Teerã em resposta a um encontro em Washington. Na ocasião o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que pretende reagir a "provocadores" que detenham armas nucleares, referindo-se aos EUA.
O Irã afirmou que 60 países estavam representados em sua conferência, incluindo "sete ou oito" ministros das Relações Exteriores e os vices-ministros de China e Rússia--duas grandes potências que o Ocidente pressiona para aceitar novas sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear.
Ontem, o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, anunciou o início de testes militares, após afirmar ter sofrido ameaças do governo americano de acordo com as novas políticas nucleares do governo Obama.
No mesmo dia, em resposta à indicação iraniana do início de manobras de guerra, o Pentágono afirmou que uma ação militar dos Estados Unidos contra o Irã permanece sendo uma opção mesmo os EUA tentando usar diplomacia e sanções para barrar o programa nuclear do país.
"Não estamos descartando nenhuma das opções enquanto buscamos o caminho da pressão e do comprometimento", disse o secretário de imprensa do Pentágono, Geoff Morrell. "O presidente sempre tem à sua disposição uma série de opções, inclusive o uso da força militar... Está claro que não é nosso caminho de ação preferido, mas nunca foi, nem está, descartado."
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