O risco de uma guerra nuclerar entre os países diminuiu, no entanto, aumentou a possibilidade de um ataque atômico por parte de grupos terroristas. A análise foi feita pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante discurso nesta terça-feira (13) na Cúpula de Segurança Nuclear, em Washington. Em seu discurso, Obama pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente aéreo que matou representantes do governo da Polônia, incluindo o presidente Lech Kaczynski.
"As redes terroristas como Al Qaeda tentam adquirir o material para uma arma nuclear, e se vierem a conseguir, com certeza o utilizarão (...) Se chegarem a fazê-lo, será uma catástrofe para o mundo, causando uma extraordinária quantidade de perdas de vidas, e aplicando um duro golpe à paz e à estabilidade global".
"Hoje é uma oportunidade, não apenas de falar, e sim de agir. Não apenas de fazer promessas, e sim verdadeiros progressos para a segurança de nosso povo", afirmou. Uol Notícias
O principal assessor do presidente americano na luta contra o terrorismo, John Brennan, afirmou que existem provas irrefutáveis de que dezenas de grupos radicais têm procurado armas de destruição em massa. Segundo informações de um oficial da inteligência do governo americano, citados pela emissora americana CNN, a Al Qaeda é um dos grupos que pretendem adquirir capacidade nuclear e não estaria longe de conseguir.
"Neste momento, eles não parecem ter feito muito progresso, mas continuamos revisando as informações para determinar se eles têm avançado", disse o oficial. "O desenvolvimento de um dispositivo nuclear envolve um processo técnico altamente sofisticado e a Al Qaeda não parece ter aprendido isso com base no que sabemos hoje."
A preocupação de que os terroristas consigam material nuclear e o utilizem em um ataque é uma ameaça muito maior do que a antiga preocupação de uma guerra nuclear global, de acordo com o presidente do grupo responsável pela Revisão da Postura Nuclear, documento em que a administração americana expressa a sua visão estratégica no que diz respeito ao emprego militar do nuclear.
O conselheiro presidencial John Brennan disse que a Al Qaeda. em particular, tem tentado ativamente nos últimos 15 anos adquirir armas nucleares.
"A Al Qaeda é especialmente notável por seu interesse de longa data em armas e material nuclear utilizável e também pelas competências necessárias que lhe permitam desenvolver um rendimento de produção dispositivo nuclear improvisado", disse Brennan.
Segundo Brennan, com capacidade nuclear, a Al Qaeda seria capaz de alcançar “seu único objetivo”. "Eles têm a capacidade não só de ameaçar a nossa segurança (dos EUA) e à ordem mundial de uma forma sem precedentes, mas também para matar e ferir milhares de inocentes, homens, mulheres e crianças", disse.
O crime organizado está ciente, segundo o conselheiro, do interesse do grupo terrorista na aquisição de bomba e matéria-prima, e isso levou os criminosos a buscar formas para obter esses itens em seu próprio benefício.
Sobre a possibilidade da existência de informações reais que indiquem uma ameaça ativa, Brennan disse: "Acredito que se pode perceber uma série de atividades e declarações públicas da Al Qaeda que enfatizam sua determinação em promover ataques contra os EUA e os interesses ocidentais."
De acordo com um relatório divulgado ontem pelo grupo de defesa norte-americano Nuclear Threat Initiative, houve 18 casos documentados de roubo ou perda dos dois principais ingredientes para a construção de armas nucleares.
Segundo Barack Obama, a próxima cúpula sobre segurança nuclear acontecerá em dois anos, na Coreia do Sul.
2 comentários:
Que tal ,nós brasileiros fazermos um protesto mundial contra a politica externa do Lula, (ele não quer só afrontar os EUA e Russia), existem razões maiores atra´s dessa atitude do Apedeuta. O Brasil tem muito Urânio... pensem bem , esta é a razão. Vamos começar uma campanha seria contra essa politica absurda deste governo!
lucia
De fato, é vergonhosa a posição de Lula no cenário mundial atual. Ele insiste em comparar o Irã com o Brasil, no que diz respeito as intenções nucleares, mas todos sabemos que não é bem assim. O Brasil é um país democrático, aberto, vistoriado pela AIEA e (pelo ou menos por enquanto) com uma imprensa livre e aberta. O Irã, ao contrário, nega qualquer possibilidade de vistorias em seus processos de enriquecimento de Urânio, tem sua imprensa e meios de comunicação (inclusive a internet) controladas e o pior: faz fronteiro com países que contém ou apoiam grupos terroristas. É uma pena que nos jornais lá fora, as notícias sejam transmitidas assim: "Brasil apoia presidente iraniano em suas ambições nucleares", e não assim: "Lula apoia..." ... Tenho certeza que, no mínimo, 90% dos brasileiros, que tenham idéia do que é Urânio, não concordam com tal política.
Postar um comentário