
O SBT acaba de apresentar uma excelente entrevista de Carlos Nascimento com o presidente Lula, apresentada no SBT Brasil, gravada no maior latifúndio intelectual improdutivo da história destepaiz: a biblioteca do Palácio da Alvorada. Há vários aspectos a comentar. O mais importante é a lorota contada por Lula sobre o mensalão.
O jornalista lembrou que Lula respondeu ao STF que fora, sim, informado da existência do mensalão e quis saber que providências ele tomou. O presidente respondeu que pediu a seus líderes no Congresso que investigassem o caso e que estes lhe disseram que não havia nada. Sei… E aí veio a grande distorção ou aquilo que os dicionários definem como mentira.
Segundo Lula, a pessoa que denunciou o esquema, Roberto Jefferson, foi cassada “porque não provou a existência do mensalão”. E saiu-se com um raciocínio fabuloso: “Se não provou, então sou inocente”.
Bem, trata-se de uma mentira escandalosa. Jefferson não foi cassado “porque não provou a existência do mensalão” coisa nenhuma!!! As provas apareceram aos montes na CPI. Com elas, a Procuradoria Geral da República elaborou a sua denúncia e apresentou ao STF, que a aceitou. As provas custaram o mandato de José Dirceu, por exemplo. Jefferson foi cassado porque confessou que seu partido recebera dinheiro ilegal do PT, o que é uma das faces do escândalo do mensalão. Quanto a Lula ter mandado que seus líderes investigassem… Ah!!! O comando do PT, a começar do presidente do partido, José Genoino, estava metido na lambança. Por Reinaldo Azevedo - Veja Online
É a mais nova versão de Lula sobre o mensalão. Numa próxima entrevista, ele inventa outra. Lula esbofeteou a verdade outras vezes.
ESBOFETEANDO A VERDADE
Na entrevista a Carlos Nascimento, Lula esbofeteou a verdade outras vezes. Numa delas afirmou que não vai deixar desandar as contas públicas por causa das eleições, sustentando que o governo FHC fez isso em 2002. É outra mentira! Já demonstrei aqui há poucos dias que o BC elevou a taxa de juros, por exemplo, entre o primeiro e o segundo turnos da disputa. O problema naquele ano era outro: chamava-se Lula. Como sabem, o mercado levava a sério o que o PT dizia…
Lula falou sobre a ameaça da Fifa de mudar a sede da Copa de 2014 caso o Brasil não cumpra seus compromissos. O projeto é coordenado pelo governo federal, mas o nosso demiurgo já tem um culpado pelas dificuldades: os governadores, que teriam apresentado projetos megalomaníacos…
Houve um momento até engraçado na entrevista. Nascimento lembrou que as oposições costumam enroscar com essa mania de Lula de dizer “nunca antes na história deste país” e o acusam de exagerar, de dar a impressão de que o Brasil começou em 2003. E o jornalita quis saber: “É rabugice da oposição ou o senhor exagera um pouquinho mesmo?” Sabem o que Lula responde: “Não, é fato!!!” É um espanto! O Brasil começou mesmo em 2003.
E desandou a falar bem do seu governo e mal da oposição. E saiu-se com o clássico de que “nunca antes na história destepaiz um presidente sem diploma fez tanto pelo ensino universitário” e tal. Nascimento indagou se ele não gostaria de ter estudado. Sim, gostaria, Segundo disse, queria ser economista, já que os economistas, disse com ironia, entendem tanto de números. E fez menção de voltar a estudar (estava brincando, claro!). E aproveitou: “O Serra agora está sabendo tudo o que ele não sabia no governo”. A provocação é baratíssima, né? O desempenho do agora pré-candidato no Ministério da Saúde foi considerado um exemplo no mundo.
Serra tinha ido aos estúdios do SBT conceder uma entrevista ao programa do Ratinho. E o jornal levou ao ar sua resposta a Lula:
“O Lula já sabe bastante economia. Se ele for estudar, ele vai saber mais ainda, de sorte que eu dou os parabéns a ele”.
Perfeito! Alguém precisava dizer a Lula que, se ele estudar, só pode melhorar!Lula falou ainda as tolices de sempre sobre o Irã — segundo disse, o que falta é que os outros chefes de estado conversem com Mahmoud Ahmadinejad “olho no olho”. Uau! Já imaginou, leitor, um “olho no olho” com o “zóio junto“? Alá nos guarde!!!
Para encerrar: sem que lhe fosse indagado, Lula demonstrou que, mais uma vez e com 13 anos de atraso, concorda com FHC: de crítico severo da reeleição, passou a ser seu defensor radical.
Eis o cara!
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