"Um regime que está ativamente engajado em assassinar seus cidadãos não vai se engajar em 'negociações de boa fé'

Execuções no Irã
Assista se conseguir. Cenas extremamente terríveis (Movcc)

Postura brasileira ignora 'repressão brutal' no Irã, diz jornal americano

Um editorial publicado na edição deste sábado do jornal americano "The Washington Post" critica a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã e diz que a postura brasileira ignora a "repressão brutal" no regime iraniano. O texto cita a morte por enforcamento de cinco dissidentes curdos, no último domingo, e a condenação de um jornalista iraniano-canadense a 74 chibatadas e 13 anos de prisão para afirmar que provavelmente está no início "uma brutal onda de repressão" com o objetivo de impedir protestos pelo aniversário das eleições de junho passado - em que o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reconduzido ao poder sob acusações de fraude no pleito e em meio aos maiores protestos no país desde a Revolução Islâmica, em 1979.

"Irá Lula ao menos se preocupar em mencionar o sangue derramado por seus anfitriões nesta semana? Podem esperar sentados", diz o jornal. O presidente Lula chega a Teerã neste sábado, após passagens pela Rússia e pelo Catar, na tentativa de negociar uma solução pacífica para a questão nuclear iraniana que evite a imposição de novas sanções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o Irã, como querem os Estados Unidos.

O Brasil é contra as sanções e vem tentando costurar um acordo que convença o Irã a interromper seu programa de enriquecimento de urânio, para o qual já obteve o apoio da Turquia. Tanto Brasil quanto Turquia têm vagas rotativas no Conselho de Segurança, sem direito a veto. "Ninguém fora de seus próprios governos acredita que serão bem-sucedidos", diz o editorial. O "Washington Post" diz que "Lula e (Abdullah) Gul (presidente da Turquia) estão errados em visitar Teerã neste fim de semana". BBC - Brasil com Uol Notícias

"Um regime que está ativamente engajado em assassinar seus cidadãos não vai se engajar em 'negociações de boa fé'. Se houver mudanças no Irã, devem vir daqueles cuja repressão os dois presidentes estão ignorando", afirma o texto. Desafio aos EUAO editorial afirma ainda que um dos motivos para a postura do Brasil em relação ao Irã seria o de se afirmar como potência e desafiar os Estados Unidos. "A insistência dos líderes brasileiro e turco em negociar com esses bandidos é parcialmente devido a suas ambições de demonstrar que são líderes de potências globais emergentes capazes de desafiar os Estados Unidos", afirma o texto.

O governo americano já manifestou em diversas ocasiões ceticismo quanto às possibilidades de sucesso da viagem de Lula, em um momento em que os Estados Unidos têm pressa na aprovação de uma quarta rodada de sanções para pressionar o Irã a interromper seu programa de enriquecimento de urânio. Em uma linha semelhante, em reportagem publicada neste sábado, o jornal "The New York Times" cita a opinião de analistas ao afirmar que Lula vê nas negociações com o Irã uma maneira de se posicionar contra a dominância americana e avançar o papel do Brasil como protagonista importante no cenário mundial. "Nesse novo papel - que reside em grande parte na posição do Brasil como a maior economia da América do Sul - o imensamente popular Lula desafiou os Estados Unidos em tudo, de comércio e mudanças climáticas ao golpe em Honduras no ano passado e o longo embargo de Washington a Cuba", diz o texto.

Preocupação
Com o título de "Diplomacia do Brasil com o Irã preocupa autoridades americanas", a reportagem do "New York Times" afirma que "membros do governo em Washington expressaram preocupação de que o tiro possa sair pela culatra, ajudando a República islâmica a obstruir - ou pelo menos atrasar - os Estados Unidos e seus aliados na imposição de sanções".

Os Estados Unidos e outros países temem que o Irã busque secretamente desenvolver armas nucleares e afirmam que a única maneira de pressionar o regime iraniano a suspender seu programa de enriquecimento de urânio é por meio de sanções. O Irã nega essas alegações e diz que seu programa é pacífico e tem o objetivo de gerar energia. As três rodadas de sanções já aprovadas anteriormente não foram suficientes para convencer o país a interromper seu programa nuclear.

O texto assinado pelo correspondente do "New York Times" no Brasil, Alexei Barrionuevo, e por Ginger Thompson, de Washington, diz que, apesar de publicamente desejar sucesso ao Brasil, os Estados Unidos não estão nem um pouco otimistas quanto ao resultado e, caso a negociação falhe, devem levar adiante as sanções na ONU e "vão esperar que o Brasil esteja lá com eles". Segundo o jornal, o apoio do Brasil às sanções "é crucial para o tipo de voto unânime que as potências ocidentais desejam". O texto do New York Times diz ainda que a disputa em relação ao Irã "gerou uma quantidade de atrito fora do comum" entre Brasil e Estados Unidos e que "autoridades brasileiras estão preocupadas com a possibilidade de que um fracasso neste fim de semana possa projetar Lula como um amador e atrapalhar a busca por uma vaga permanente no Conselho de Segurança".

5 comentários:

bellzinham@hotmail.com disse...

Essa besta quadrada já meteu o Brasil numa saia justa quando enfiou a outra besta chamada Zelaya na embaixada brasileira em Honduras.Agora quer gerar um desconforto ainda maior do Brasil com o resto do mundo, ao se colocar ao lado do novo Hitler.A Turquia não tem nada a perder, foi rejeitada pela união europeia e agora quer dar o troco apoiando as loucuras da coisa ruim, fanática fundamentalista e chefe mór da destruição da paz mundial.

Para quem já foi (o cara). Lula agora é o removedor de cisco do olho do Satã.

Joana D'Arc disse...

Tem uma coisa me preocupando...Elle vai se encontrar com o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei...
Sabe-se lá o resultado desse encontro! estou com pressentimento que não vai ser bom para o Brasil...
Estou achando que vão encurralar o cara e de 'pombo da paz' vão fazer dele um urubu.

Jurema disse...

Sinceramente, tenho a nítida impressão que está tudo arranjado entre eles, Lula e o governo Iraniano. Sabe Deus o quê! Mas tem coisa acertada nesse jogo. Lula é um homem perigoso, tanto quando Ahmadinejad. Vai voltar contando vitória. Não esqueçam que essa nossa eleição é tudo para os assassinos do mundo.

Anônimo disse...

Parece que tem uma orquestração.
Estou abismado com isto.
Quanto mais mente e se apresenta de forma inadequada, mais votos terrorista têm.

http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/05/15/na-margem-de-erro-dilma-ultrapassa-serra-em-pesquisa-vox-populi.jhtm
A sujeira começando.

Unknown disse...

Neste link há um vídeo onde você poderá assistir o tratamento reservado para mulheres adúlteras (o apedrejamento), se tiverem "estomago" façam o download e assistam.

LINK:http://www.4shared.com/audio/IXA-1pk5/Lapidation_en_Iran_pour_cause_.html