Fecomércio (SP) classifica de “absurda” tese de Lula sobre carga tributária

Devaneios presidenciais -

Os empresários do comércio de São Paulo não gostaram das declarações do presidente-metalúrgico Lula da Silva. Ele afirmou na reunião da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) que o país precisa de uma carga tributária elevada para ter um Estado mais forte. No entendimento de Lula da Silva, os países com baixas cargas tributárias não têm condições de desenvolver boas políticas sociais. “Tem muita gente que se orgulha de dizer: no meu país, a carga tributária é apenas 9%. No meu país, a carga tributária é de apenas 10%. Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado. O Estado não pode fazer absolutamente nada”.

Em nota distribuída pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), a direção da entidade considera “equivocada e descabida” a manifestação do presidente. “A avaliação do presidente da República apenas reforça uma característica marcante do governo ao longo dos últimos anos: não colocar nenhum freio na gastança pública e penalizar o empresário com uma carga tributária extorsiva para cobrir as despesas ineficientes. É um absurdo”, afirma o diretor-executivo da Fecomercio, Antonio Carlos Borges. ucho.info

O presidente do Conselho de Planejamento Estratégico da entidade, Paulo Rabello de Castro, chega a propor um desafio. Se “olharmos para um país com carga tributária de 40%, caso do Brasil, e outro com carga de 30% - uma carga mais realista para o padrão brasileiro. Daqui a dez anos, veremos qual dos dois se desenvolverá mais, terá maior distribuição de renda, melhor qualidade de vida e maior inserção global”, afirma.

A Fecomércio lembra no texto encaminhado ao ucho.info que estudos do Doing Business (Fazendo Negócios), do Banco Mundial, o Brasil ocupa a 129ª posição 129, em ranking de 183 países, ao ser analisada a facilidade de realizar negócios, ficando atrás de economias como Portugal, Chile e Costa Rica.

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