Por Ucho Hadadd - ucho.info
A cerimônia de encerramento da Copa da África do Sul, em Johanesburgo, quem começou duas horas antes da partida que terminou com a vitória do onze espanhol, esbanjou tecnologia e contou com a colombiana Shakira cantando mais uma vez o hino oficial da competição, “Waka Waka”.
Porém, o momento mais marcante do evento aconteceu logo após o encerramento do show. Líder do movimento antiapartheid e ex-presidente da África do Sul (1994-1999), Nelson Rolihlahla Mandela, 91 anos – completará 92 anos no próximo dia 18 de julho –, atravessou o gramado do Estádio Soccer City a bordo de um carrinho elétrico e foi ovacionado por mais de 84 mil torcedores que lotavam a arena esportiva. Símbolo maior da África do Sul, Nelson Mandela – ou Madiba, como é chamado pelos sul-africanos –, sempre terá a própria história confundida com a luta pela liberdade.
Na última sexta-feira (9), o presidente Lula da Silva anunciou que não participaria da cerimônia de encerramento da Copa e a partida entre Holanda e Espanha. Como antecipou o ucho.info, a decisão do presidente-metalúrgico de antecipar o retorno ao Brasil teve razões meramente políticas. Vice-presidente da República e no exercício da Presidência, o mineiro José Alencar Gomes da Silva foi acometido na última semana por problemas de saúde e foi internado às pressas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Por sorte Lula da Silva não esticou sua estada na África do Sul, pois os aplausos a Nelson Mandela certamente obrigaria o presidente brasileiro a recuar no tempo e recordar a sonora e vergonhosa vaia de que foi alvo no Estádio Mário Filho, o Maracanã, por ocasião da abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Depois do fatídico episódio, Lula da Silva rumou para Brasília e mergulhou naquela famosa água que nenhum passarinho ousa beber.
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