Nova ação deve atrasar ainda mais o julgamento do mensalão do PT no STF

O caso Arruda tomou dimensões que nos fizeram refletir o Mensalão do PT. Por que esse processo não anda com a mesma rapidez do Mensalão do DF - praticados pelo ex-governador Arruda e toda sua corja? Cadê a prisão dos envolvidos no caso Mensalão PT? Se ficar solto compromete as investigações, se a justiça têm dois pesos e duas medidas, o PT teve anos de sobra para ajeitar, limpar vestígios de sua trajetória criminosa. Movcc/Gabriela

Empréstimo milionário -

Por Ucho Haddad
O caso do mensalão do PT, que se arrasta desde o segundo ano do primeiro governo do presidente Lula da Silva entre a CPMI do Mensalão e o Supremo Tribunal Federal, deve sofrer mais um atraso. Relacionado entre os 39 envolvidos nos esquema de cooptação de parlamentares através de pagamento de propina, o advogado Rogério Lanza Tolentino pediu o trancamento de ação penal. Tolentino mora em Belo Horizonte e é acusado de crime de falsidade ideológica no calhamaço de processo sob a responsabilidade do ministro Joaquim Barbosa.

O advogado é apontado na denúncia como sócio de Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do suposto esquema de desvio de dinheiro para compra de apoio político. No dia 28 de agosto de 2007, o Plenário do STF aceitou a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República (PGR) e os envolvidos no processo passaram da condição de indiciados para réus. A empresa Rogério Lanza Tolentino e Associados fez um empréstimo simulado de R$ 10 milhões junto ao Banco BMG.

Para obter o dinheiro não havia fiador e nem avalista, o que na opinião da Procuradoria Geral da República configura crime de falsidade ideológica. A empresa se defende e afirma que o empréstimo teve como garantia um título no mesmo valor que poderia ser a garantia do empréstimo. Suspeita-se que o dinheiro tenha sido usado para pagamento a parlamentares do PT e de outros partidos na partilha para a compra de votos em projetos de interesse do governo Lula.

Negado por figuras importantes do governo federal, inclusive pelo presidente-metalúrgico Lula da Silva, que disse nada saber sobre o esquema supostamente montado pelo ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o mensalão do PT foi um escândalo denunciado em 2005 pelo deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ).

Além do Banco BMG, foi descoberto em julho de 2008, durante uma investigação sobre o banqueiro oporunista DD (a Justiça proíbe que este site divulgue seu nome), que a insitutição financeira pro ele presidida foi uma das principais fontes de recursos do mensalão. Através da insituição o banqueiro era o gestor da Brasil Telecom, controladora da Telemig e da Amazonia Telecom. As investigações apontaram que essas empresas de telefonia injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA Propaganda, administrada por Marcos Valério, que alimentava o esquema de pagamento ilegal a parlamentares. A Polícia Federal pôde chegar a essa conclusão após a Justiça ter autorizado a quebra de sigilo do computador central do banco. ucho.info

Um comentário:

Anônimo disse...

E´revoltante essa justica. Por que acreditar nela se tem dois pesos e duas medidas?