Por Reinaldo Azevedo - Veja Online
Há coisas que me enchem, a um só tempo, de orgulho e de preguiça. De orgulho porque, como direi?, detecto o que essa gente quer pelo cheiro. E de preguiça porque a rotina é sempre a mesma: aponto o descalabro; a turma do deixa disso aponta o meu suposto exagero e afirma que é possível “negociar” com a tigrada. A que me refiro?
Na madrugada de sábado para domingo, escrevi o texto intitulado O PT VOLTA A AMEAÇAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. OU AINDA: QUEM TEM MEDO DE DILMA ROUSSEFF? OU AINDA: O CASAMENTO DO MR-8 COM A VAR-PALMARES. Referia-me ao desejo expresso pelo governo de transformar as propostas da Confecom (Conferência de Comunicação) em projetos de lei. Afirmei que se trata de uma misto de intimidação e chantagem. Era a campanha de Dilma Rousseff tentando emparedar os meios de comunicação: “Ou vocês são bonzinhos conosco ou vamos nos vingar se for possível”. É claro que a elaboração é mais complexa do que isso, mas o sentido primitivo é o mesmo.
“Que exagero, Reinaldo!”.
“Não é bem assim, Reinaldo!”
Irritam-me menos os petralhas, que, do seu ponto de vista, estão certos em me atacar, do que as pombas lesas que acreditam ser possível negociar um acordo de cavalheiros com o petismo. Dilma Rousseff entregou o seu programa de governo. E lá está o controle dos meios de comunicação como norte, a exemplo do que vai na Confecom.
Dilma está anunciando aos meios de comunicação que, se eleita, vai tentar “democratizar” o setor. E o petismo entende por isso a revisão de concessões de canais de televisão — o objetivo é ameaçar a Rede Globo — e a distribuição de concessões à companheirada dos sindicatos. É claro que, quando um petista anuncia uma intenção, há sempre no ar um “a menos quê…”
Cumpre-nos indagar: “A menos quê…” o quê? Qual é o preço?
Sem-terra
Lembram-se a Dilminha de Uberlândia, aquela que não toleraria as ilegalidades do MST? Lembram-se a Dilma da entrevista concedida em Pernambuco, que não usaria o boné do MST? Pois é… Ela já usou. E seu programa de governo também põe o boné do movimento.
No texto, Dilma anuncia a intenção de extinguir a lei que indispõe para reforma agrária terras invadidas. A Dilma que se reúne com as socialites entrega um programa de governo que se ajoelha no altar dos socialistas.
Um comentário:
Adorei o programa de governo da Dilma!.
Antes mesmo de começar a guerra ela apontou para o próprio pé e acertou em cheio.Primeiro que ainda existe um poder judiciário, segundo que todos os parlamentares são em sua maioria latifundiários e nesse latifúndio entram tbm os magistrados e os empresários. Agora eu pergunto; como que ela pretende executar essa façanha?.
Lula tbm vomitava nos palanques que quando fosse eleito presidente da república, ia estatizar as universidades,as escolas,acabaria com os planos de saúde, companhias aereas,rodoviárias,as teles,o setor de comunicação, as indústrias, enfim tudo seria do estado. Os empresários de patroes passariam a condição de proletário estatal... Não fez nada e não fez pq ele não comprou o Brasil, ele mal e porcamente,desgraçadamente foi enfiado urna a dentro.
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