Juliana Dal Piva/Marcela Rocha - Direto de Campinas - TerraO candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, rebateu, nesta quarta-feira (7) durante campanha em Campinas (SP), as críticas feitas pela sua oponente petista Dilma Rousseff. "Eu também preciso de uma equipe, mas as ideias, eu as tenho", afirmou Serra.
Dilma disse, nesta quarta, durante comício no centro de São Paulo, que não é orgulhosa e presunçosa, daquele tipo que acha que sabe tudo e faz tudo. "Eu preciso de equipe, como a do governo Lula", disse a candidata.
No dia anterior, Serra subiu o tom contra os adversários petistas e disse: "não sou ventríloquo de marqueteiro, nem de partido, nem que comitês, nem de frações, nem de todas aquelas antigas organizações de origem bolchevique, que do bolcheviquismo só ficaram com a sua curtição pelo poder porque utopia não tem nenhuma".
Nesta quarta, Serra criticou Dilma e insinuou que, na campanha dela, são os marqueteiros que decidem suas ações. "Eu não saio de manhã e o marqueteiro diz: 'hoje você fala mal do MST'. No dia seguinte o marqueteiro diz: 'hoje fala bem do MST'. Aí, no outro dia, o marqueteiro diz: 'hoje você defende juros siderais, amanhã você defende a redução de juros'", afirmou o candidato.
O candidato tucano ainda afirmou que, em sua campanha não há mudança de discurso em relação ao público. "A questão é: qual é a ideia afinal? O que eu digo aqui, digo em uma reunião com uma comunidade pobre, numa reunião com banqueiros, com industriais e sindicatos. Eu não tenho uma posição para cada público, porque isso significa não ter uma posição", afirmou o candidato.
"As pessoas são candidatas, não os seus comunicadores, nem o atual presidente, o Lula", disse o tucano.
Para Serra, o candidato deve ser coerente com as suas ideias. "O candidato tem que se mostrar como ele é... para que as pessoas conheçam e possam fazer um julgamento a esse respeito".
Os tucanos costumam criticar Dilma dizendo que ela apenas segue o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe de campanha pede. "Eu não falo segundo o público (...) meu discurso é o mesmo e minha biografia é a mesma", disse o tucano. "Meus comunicadores não precisam fazer colinha para eu dar entrevistas", afirmou sem citar o nome da candidata em seu primeiro discurso de campanha.
Questionado sobre o aumento dos valores pagos pelo governo do Estado de São Paulo no projeto social Renda Cidadã, anunciado nesta quarta-feira, o candidato disse que ficou sabendo através da imprensa. "O governo decidiu. Não conversei sozinho com o Goldman desde que saí do governo. Um telefonema ou outro e nos encontramos em atos públicos, mas não é porque estamos de mal. Muito pelo contrário. Mas a minha interferência na ação governamental é zero".
Serra esteve em Campinas por duas vezes nas últimas duas semanas. Um jornalista da região perguntou: "é para marcar território tucano?". Serra riu e disse: "não sou cachorrinho. Quem marca território é cachorrinho".
Antes de ir para Campinas, o tucano esteve em Jundiaí, no interior de São Paulo, onde realizou uma caminhada no centro da cidade ao lado do candidato ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e dos candidatos ao Senado Aloisyo Nunes (PSDB) e Orestes Quércia (PMDB).
Um comentário:
Pois é, Serra não precisa do grilo falante ,ele não é narigudo e tbm não foi feito de madeira por um carpinteiro.rssrsrsrs.
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