Serra recebe o apoio de artistas em encontro no Rio de Janeiro: defesa da 'descentralização da cultura'
Foto: Marcela Rocha e João Pequeno/Especial para TerraMarcela Rocha e João Pequeno - Terra Eleições
O candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, criticou a centralização excessiva da gestão de recursos para o financiamento da Cultura. "Tem que diversificar as fontes de financiamento. É preciso recursos maiores que venham de outras formas", disse o tucano, que participou na madrugada de quarta para quinta-feira (15) de um encontro que discutiu as políticas culturais no Brasil.
Num evento recheado de celebridades, Serra recebeu o apoio de artistas como o poeta Ferreira Gullar, a atriz Rosa Maria Murtinho, o cineasta Ivan Cardoso, compositor Ronaldo Bastos e o ator Carlos Vereza. Entre os presentes, a global Maitê Proença e Marcelo Madureira, do programa Casseta e Planeta, da Rede Globo.
Gullar foi o primeiro a desenhar ataques ao governo Lula: "faltam cinco meses pra esse cara (Lula) ir embora. Isso já me deixa feliz". "Orientar jornalistas e artistas é coisa de gente com uma cabeça autoritária". "Conheço Serra desde a UNE. Você conhece algo de corrupção contra ele? São poucos os políticos dos quais não se sabe de envolvimentos em corrupção", afirmou em defesa do tucano. Gullar também acusou Lula e Dilma Rousseff de serem mentirosos.
O ator Carlos Vereza, antigo simpatizante do PSDB e amigo de Serra, disse que houve um "retroscesso de pelo menos três gerações com essa tentativa de Estado 'comuno-sindicalista'" e que "a vitória de Dilma nada mais seria do que um terceiro mandato de Lula". Quanto à cultura, para Vereza, "não houve nada. O que existiu foi a censura ao (jornal) Estadão para não falar do filho de José Sarney (PMDB). Ele ainda disse que a sorte de Lula foi pegar a economia estabilizada de FHC, de quem defendeu as privatizações, e que o pior aspecto do governo está em sua política externa "vagabunda".
O ator afirmou também que Lula se alia "às piores ditaduras do mundo". Serra ressaltou que os financiamentos não podem partir somente da Lei Rouanet. "Eu acho que as decisões deveriam ser tomadas por artistas, empresários e governo", disse. Participaram do evento, realizado na UGT, no Rio de Janeiro, a escritora Danuza Leão e as atrizes Kátia D'Angelo e Maitê Proença. Ao longo da reunião, organizada e assistida pelo poeta Ferreira Gullar, artistas e cineastas manifestaram apoio a Serra e não pouparam ataques ao presidente Lula.
Sobre o incentivo na área cultural, Serra citou o Cirque du Soleil e afirmou que a medida só existiu porque o Ministério da Cultura assim o quis. Segundo ele, o conselho que define sobre o apoio ou não da lei a determinados projetos não defendia a ajuda financeira ao Cirque. "O órgão executivo deveria aplicar melhor a lei", afirmou, acrescentando que "não deve haver um centro de decisão tutelando".
Assim como a atriz Maitê Proença, o humorista Marcelo Madureira explicou ao Terra que sua presença no encontro se deve ao fato de querer saber as propostas de Serra para o setor. "Quanto menos o governo interferir no meu negócio, melhor", pontuou o global.
Um comentário:
DESCENTRALIZAÇÃO CULTURAL
BASTA DESMAMAR A REDE GLOBO QUE ISTO MUDA ACORDEM ....
ESTA É A UNICA VERDADE
PALHAÇOS
A TETA DEVE ESTA PAGANDO POUCO MUDEM PODE MELHORAR SE TIVEREM CAPACIDADE...
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