Roberto Homem / Agência Senado
"Poderia dizer, sem ironizar, que o Senado pecou, sim, gravemente, em agosto de 2005, quando deixou de avaliar a hipótese de instaurar um processo de impeachment do presidente da República, diante do escândalo monumental do mensalão, que sacudiu e indignou o povo brasileiro". Foi assim que, da tribuna do Plenário, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) rebateu a acusação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que durante o seu mandato foi ofendido pelo Senado.
Durante comício realizado na Boca Maldita, em Curitiba (PR), no sábado passado (31), do alto do palanque o presidente Lula teria dito: "peço a Deus que essa companheira não tenha o Senado que eu tive, um Senado que ofenda o governo, como eu fui ofendido". Alvaro Dias assinalou que defender convicções, exercitar o mandato parlamentar com liberdade e exigir interdependência entre os poderes não é ofensa ao presidente da República.
- O Senado ofende a Nação quando não ataca os problemas cruciais, quando não aponta as falcatruas que ocorrem e os desvios monumentais e históricos que vivencia o poder público no país. O presidente usa um linguajar oportunista quando agride esta instituição. Ao invés de resguardar o conceito e a credibilidade do Senado, o presidente faz é abortar comissões parlamentares de inquérito para impedir investigação - afirmou Alvaro Dias.
Outro assunto abordado pelo senador foi a negativa do presidente Lula, na quarta-feira da semana passada (28), em interceder a favor da viúva de 43 anos, Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento no Irã. Alvaro Dias registrou que o fato mobilizou internautas e campanhas foram organizadas na tentativa de salvá-la. No Brasil foi lançada a campanha "Liga Lula".
Alvaro Dias destacou que a recusa inicial de interceder em favor da iraniana transformou-se no sábado, no palanque armado na Boca Maldita. Na ocasião, Lula teria feito o seguinte apelo ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad: "Se esta mulher está causando incômodo, nós a receberíamos no Brasil". Sobre o assunto, o senador leu dois artigos de articulistas da revista Veja.
No primeiro deles, o jornalista Augusto Nunes destaca que Sakineh já foi punida com 99 chibatadas e apenas aguarda a execução por apedrejamento. O código penal iraniano, segundo Nunes, "determina que as mulheres sejam enterradas até a altura do busto com as mãos amarradas por cordas e o corpo enrolado num tecido branco".
O segundo texto, de Reinaldo Azevedo, levanta a hipótese de estar sendo organizada uma operação "para maquiar tanto a moral de Ahmadinejad como a de Lula". Sakineh seria enviada ao Brasil "como exemplo da humanidade e da sensibilidade de Lula e de... Ahmadinejad". O jornalista não descarta sequer a hipótese de a viúva ser enviada "diretamente do apedrejamento para o palanque de Dilma Rousseff".
Roberto Homem / Agência Senado - (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Um comentário:
O PSDB. não pediu o impeachment do Lula pq amarelou diante de uma pseudo popularidade feita na base da mentira.Mas nada impede que se peça agora, ou que pelos menos entre com um pedido de investigação não só do Lula, mas tbm de todos os que enriqueceram repentinamente nos ultimos 8 anos de governo ptsta. Exp. a negociata de Lulinha com a (OI). As fazendas que o Lulinha comprou no Pará e em Tocantins. etc.etc.etc.
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