O dia 11 de agosto foi a data escolhida pelas entidades sindicais, comunitárias e estudantis para deflagrar em Alagoas a campanha "Collor Nunca Mais". A manifestação será realizada a partir das 9 horas da manhã na Praça Sinimbú, em frente ao edifício sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AL), no Centro de Maceió.
"O objetivo deste ato é denunciar a forma truculenta e arbitrária de fazer política do senador Fernando Collor, que mesmo sendo candidato ao governo do Estado pelo PTB fez ameaças ao jornalista da Revista IstoÉ, usando palavras de baixo calão, o que agride não só a imprensa nacional, como a sociedade alagoana e fere o decoro parlamentar", afirmou o advogado Adriano Argolo, que faz parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
Segundo Argolo, a data 11 de agosto foi escolhida por ser o dia do estudante e da regulamentação dos cursos jurídicos do País. "O 11 de agosto é uma data que traduz a luta dos estudantes e dos operadores de direito em defesa da liberdade, contra todo tipo de autoritarismo e opressão. Por isso, escolhemos essa data para deflagrarmos esse movimento que tem tudo para ter o sucesso do movimento Fora Collor", afirmou Argolo.
De acordo com o líder comunitário Antônio Fernando da Silva, mais conhecido como Fernando CPI, pelo menos 11 entidades da sociedade civil organizada - entre elas o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, a Federação das Associações de Moradores de Alagoas (Famoal) e Comissão Pastoral da Terra (CPT) - participaram da reunião que deliberou as primeiras atividades do "Movimento Collor Nunca Mais".
A reunião foi convocada pelo MCCE e aconteceu no Palácio do Trabalhador, no Centro da capital alagoana. Além do ato público do dia 11, que deverá ser acompanhado de uma passeata pelas ruas do centro da cidade, as entidades decidiram redigir um "Manifesto Collor Nunca Mais".
"Esse manifesto será impresso e distribuído ao povo, para que o povo alagoano tome conhecimento quem é Fernando Collor, que só aparece de 4 em 4 anos, usando o nome do povo em vão, fazendo ameaças aos jornalistas e intimidando seus opositores antes de chegar ao governo", afirmou Fernando CPI, que também é um dos coordenadores Comitê 9840 em Alagoas.
O ex-superintendente da Polícia Federal em Alagoas, delegado José Pinto de Luna, também compareceu à reunião para articular o Movimento Collor Nunca Mais. "Não estou aqui como candidato, estou aqui como cidadão que ouviu a gravação com as ameaças que o senador Collor fez ao jornalista Hugo Marques, da Revista IstoÉ. As palavras de baixo calão que o senador Collor usou, para ameaçar o jornalista eu repudio, porque são palavras que ferem o decoro parlamentar", afirmou Pinto de Luna, que é candidato a deputado federal pelo PT.
"Se ele (Collor) não gostou do que o jornalista escreveu e a revista publicou, que procure as vias legais, que entre como o pedido de direito de resposta, mas não venha com ameaças não, porque isso agride a imprensa e sociedade como um todo", acrescentou Pinto de Luna. Durante a reunião, as entidades divulgaram o site "Fora Collor" que foi criado por estudantes secundaristas com o intuito de denunciar os escândalos envolvendo o ex-presidente e dizer não à corrupção. O site já está no ar com o seguinte endereço: http://foracollor.webs.com/index.htm.
2 comentários:
Movimento contra a corrupção? Isso é um absurdo! O brasileiro não sabe mesmo respeitar suas tradições...
Ué?.. Mas ele é o candidato do Lula e não śo apoia Dilma como tbm é palanque de Dilma em Alagoas. É de fato o feitiço começa a virar contra o feiticeiro, as centrais sindicais e os movimentos sociais gerados e amamentados nos sacrosantos seios do lula estão renegando o útero que os gerou.
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