Mercadante, o irrevogável: de candidato a estafeta da campanha de Dilma Rousseff

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Por Ucho Hadadd - ucho.info
Há no planeta situações deprimentes, mas o desespero de um candidato diante de eventual derrota é digno de pena. Eis o que acontece com Aloizio Mercadante, candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, que como senador nada fez pelo estado de São Paulo em sete anos e meio. O que explica a rejeição que tem no eleitorado do mais rico estado brasileiro.

Arremessado na disputa pelo governo paulista para garantir palanque à companheira Dilma Rousseff no estado, Mercadante agora se dedica a disparar comentários sobre a sucessão presidencial, mais precisamente na direção do tucano José Serra. É o que resta ao senador petista, que no rastro da derrota que se anuncia já começa a escolher um ministério para ocupar no eventual governo Dilma.

Após o debate Folha/UOL entre os presidenciáveis, na quarta-feira (18), o senador-candidato usou o microblog que mantém no Twitter para estocar o ex-governador de São Paulo. “É difícil para o Serra comparar o que quer que seja do governo Lula com o governo FHC. Ele está em uma sinuca de bico”, escreveu Mercadante. O senador tem razão, pois foi uma luta quase insana enfrentar as sanguinárias mentiras aspergidas por Adolf Hitler na Alemanha nazista. Mas para a sorte da humanidade a esperança venceu o medo.

Financiado pelo suado dinheiro do contribuinte, assim como acontece com centenas de parlamentares que participam do atual processo eleitoral, Aloizio Mercadante não compareceu ao Senado Federal nesta semana. Se ao menos tivesse sintonizado a TV Senado, Mercadante poderia acompanhar um preciso discurso do colega Pedro Simon (PMDB-RS). Quem no Brasil não interrompe os afazeres para ouvir um dos últimos bastiões da moralidade política? Mas Mercadante perdeu a chance.

Da tribuna do Senado, a bordo do sotaque típico da terra de chimangos e maragatos, Pedro Simon rasgou elogios a José Serra, assim como fez em relação à senadora Marina Silva, candidata do PV ao Palácio do Planalto. Simon disse que Marina é uma santa e que ao vê-la na televisão tem vontade de carregá-la no colo, tamanha é a sua aparente fragilidade física. Mas o senador gaúcho fez questão de destacar a grandeza de Marina Silva, cujo discurso político-eleitoral é, por enquanto, o mais coerente.

Em relação a José Serra, o senador Pedro Simon foi direto e objetivo. Disse que o candidato do PSDB é muito melhor que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E Simon justificou sua opinião dizendo que no governo FHC era difícil saber quem de fato mandava no País. O senador completou afirmando que Serra é considerado autoritário porque sabe delegar e está sempre pronto para cobrar. Não sem antes sublinhar a experiência administrativa do tucano.

Por certo as palavras de Pedro Simon não foram de capazes de romper a soberba de Aloizio Mercadante, que continua acreditando, como outros milhares de insanos companheiros, que José Serra disputa a eleição com Lula da Silva, e não com Dilma Rousseff.

Se José Serra é o melhor para o Brasil não se sabe, mas o presidenciável tucano deveria fazer um favor aos brasileiros, mesmo que isso lhe custe uma derrota nas urnas. Perder o medo de atacar o messiânico Luiz Inácio da Silva, pois a nação precisa conhecer a extensão da mentira que alguns tentam vender como a maior das verdades.

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