Projeto de governo para o país é coisa séria. Não pode ficar dançando conforme a música. É impressionante o gestual de todos eles, o DEDO em RISTE..... Movcc/Gabriela
VEJA ( Com Agência Estado)
A campanha da candidata do governo à Presidência, Dilma Rousseff, decidiu elaborar uma terceira versão do programa de governo da petista. O novo documento não contém mais vestígios das teses radicais e autoritárias defendidas no primeiro programa de governo da ex-ministra, entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 5 de julho. A nova plataforma dará ênfase apenas à continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Bem diferente da primeira, que trouxe de volta um conjunto de ideias conhecidas e já rechaçadas pela sociedade, como a tentativa de cercear a liberdade de imprensa, a descriminalização do aborto e o incentivo à invasão de propriedades rurais pelos sem-terra.
Diante da repercussão negativa do primeiro programa, que continha ideias aprovadas pelo 4.º Congresso do PT, em fevereiro, o PT já havia substituído o documento por uma versão um pouco mais amena. Permanecia no texto, porém, ainda que alterado, o item que defendia o controle social da imprensa. Nesta terceira versão, até mesmo esse ponto foi suprimido. A ordem do Palácio do Planalto foi desidratar a polêmica para não criar embaraços a Dilma no confronto com o candidato do PSDB, José Serra, e, mais do que isso, não alimentar a imagem de que eventual vitória da petista representaria uma guinada à esquerda.
Disposta a retirar do texto qualquer vestígio de controvérsia, a equipe da petista vai destacar, nos 13 compromissos do programa, que um novo governo comandado pelo PT preservará o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e o câmbio flutuante. "É o tripé que está dando certo e em time que está ganhando não se mexe", resumiu o presidente do PT, José Eduardo Dutra. "Para nós, a estabilidade é uma premissa. Ninguém precisa se assustar."
"Erro" - De acordo com o PT, tanto Dilma quanto Dutra assinaram e rubricaram todas as 19 páginas do programa radical de governo apresentado pelo partido sem ler o documento. Oficialmente, Dilma Rousseff só tomou conhecimento do suposto erro depois das repercussões negativas, quando participava de um evento de campanha em São Paulo.
De início, teria ficado furiosa, exigido punições e até levantado a hipótese de sabotagem interna de alas radicais do PT. Mas, depois, o partido descobriu que tudo não passou de uma "trapalhada" de uma funcionária do comitê da petista. Na versão da campanha, a displicência teria ocorrido por causa da pressa da candidata em assinar "pacotes de papéis" sobre a inscrição da chapa na Justiça Eleitoral antes de embarcar para São Paulo. Na correria, em vez de fazer cópia do esboço do programa de governo, a equipe de Dilma entregou a ela e a Dutra a resolução sobre as diretrizes do 4.º Congresso do PT.
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