VEJA ELEIÇOES
O candidato pelo PSDB à Presidência, José Serra, considerou contraditória a relação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que adotou políticas em defesa das mulheres, com o Irã, país em que uma mulher foi condenada a morrer apedrejada sob acusação de adultério. Durante encontro com lideranças femininas de partidos aliados, em Belo Horizonte (MG), o tucano afirmou ser irônica a “camaradagem” existente entre Lula e Mahmoud Ahmadinejad, “um ditador que não respeita os direitos humanos”.
No fim de julho, o presidente Lula afirmou que o Brasil estava aberto para receber Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher condenada pelo regime do Teerã. O governo iraniano, porém, recusou a oferta, afirmando que o brasileiro estava mal informado sobre o assunto.
Neste sábado, Serra, que já havia recriminado a política externa brasileira, repetiu a crítica. “Eu acho uma ironia o Brasil ter uma Secretaria Especial de Políticas para Mulheres e considerar como amigo, ter carinho por um regime que enterra a mulher até a cintura e apedreja até a morte”, comentou.
Para Serra, a oferta de asilo para Sakineh faz parecer que ela é uma criminosa política, o que não é o caso. “É a sentença de morte mais cruel que eu conheço. No meu governo nós vamos rejeitar isso. Vamos nos manifestar de todas as formas contra esse tipo de regime”, destacou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário