Pesquisas eleitorais: o discurso petista não combina com a realidade dos fatos

Dois lados -

Por Ucho Haddad - ucho.info
Há algo estranho no universo das pesquisas eleitorais. Na disputa pela Presidência da República, as recentes pesquisas levaram a candidata Dilma Rousseff e o presidente Luiz Inácio ao mapeamento antecipado de um eventual próximo governo do PT. A presidenciável petista nega o fato, mas nos bastidores a divisão de cargos já começou.

De acordo com a última pesquisa do Ibope sobre a corrida presidencial, a candidata Dilma Rousseff aparece com 51%, enquanto o tucano José Serra tem 27% das intenções de voto. Na opinião de petistas e aliados, a sucessão do presidente Luiz Inácio da Silva já está definida.

No contraponto, em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, continua liderando as pesquisas eleitorais. Divulgada na última sexta-feira (3), a pesquisa Ibope sobre a disputa pelo governo paulista traz Alckmin em primeiro lugar com 47% das intenções de voto, contra 20% do petista Aloizio Mercadante, o segundo colocado. Para os petistas, o atual quadro do processo sucessório na terra dos bandeirantes pode ser revertido. Ora, se o jogo pode mudar em São Paulo, não há razão para desacreditar na possibilidade de mudança no âmbito da disputa pelo Palácio do Planalto.

Como sempre afirmam os jornalistas do ucho.info, pesquisa eleitoral, por melhor e mais confiável que seja o instituto pesquisador, é um produto da estatística, ciência que considera morno o cidadão que está com a cabeça no forno e os pés no freezer, quando na realidade só falta acertar o sepultamento. A melhor e mais confiável pesquisa eleitoral está no fundo das urnas.

Opiniões do site à parte, não se pode esquecer que pesquisa eleitoral é um negócio lucrativo, que por conta da sua sazonalidade obriga parte dos institutos a não contrariar os clientes. Até porque, no mundo do capitalismo só um psicopata é capaz de assassinar a galinha dos ovos de ouro.

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