Policiais flagraram o ex-governador do Amapá escondido no armário

Uma agachadinha não dói -

Por Ucho Hadadd - ucho.info
Além de tirar de circulação uma série de criminosos que faziam uso de mandatos políticos e cargos para desviar dinheiro público e fraudar licitações no Amapá, a “Operação Mãos Limpas”, da Polícia Federal, descobriu a inusitada capacidade de contorcionismo do ex-governador Waldez Góes e da sua mulher, a delegada de polícia licenciada Marília Góes.

No momento em que entraram na residência do casal, os policiais federais de chofre imaginaram que os procurados se valeram de informações privilegiadas e acabaram fugindo. Antes de deixar o local, o contingente policial resolveu vascular a casa e acabou encontrando Marília e Waldez Góes escondidos no armário de um dos quartos da casa. A dupla, que foi rpesa e transferida para Brasília, estava covarde e vergonhosamente acocorada. Uma cena deprimente, segundo os policiais que participaram da operação.

Nesta terça-feira (10), o ministro Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária do ex-governador Waldez Góes (PDT) – ele liderava a corrida ao Senado Federal -, o atual governador Pedro Paulo Dias (PP); do presidente do Tribunal de Contas do Estado, José Julio de Miranda; do secretário de Segurança Pública, Aldo Alves Ferreira; da mulher do ex-governador, Marília Góes; e do empresário Alexandre Albuquerque. O restante da quadrilha, que estava presa no presídio da Papuda, já deixou o complexo penitenciário do Distrito Federal.

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, já havia negado pedido de relaxamento da prisão formulado pelos advogados de Waldez Góes. O presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Jorge Amanajás (PSDB), também candidato ao governo estadual, encaminhará a uma comissão especial o pedido de impeachment do governador Pedro Paulo Dias. Em outras palavras, no exercício de agachamento o casal Góes terá companhia.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Além de tirar de circulação uma série de criminosos (...)"
Eta isenção jornalísta, hein...
Tudo bem que essa turma parece estar bem enrolada e a prisão serve, ao menos, para causar algum constrangimento aos envolvidos diante da sociedade. Mas, por enquanto, é só isso. Apenas constrangimento.
Eles estiveram/estão presos apenas para prestar depoimento, para concluir a investigação. Não há criminosos ainda, pois não há condenação. Aliás, não há nem mesmo processo.
É claro que esperamos que os culpados sejam responsabilizados. Mas o fato é que essa é uma outra história.
Triste é ver grupos políticos tirando vantagem da situação...