Semanário britânico analisa quadro eleitoral brasileiro e conclui que o Brasil se beneficiaria da alternância no poder
Embora nenhum partido brasileiro tenha o monopólio quando o assunto é corrupção, há inúmeros indícios de que o PT está bastante confortável no poder
A revista The Economist, uma das mais influentes do mundo, traz hoje uma reportagem em que analisa a campanha eleitoral brasileira. Depois de comparar características de Dilma Rousseff e José Serra, a revista conclui: “Depois de oito anos sob o comando do PT, o Brasil se beneficiaria de uma mudança no poder”.
Para The Economist, Serra seria um melhor presidente da República porque sua trajetória mostra que ele é mais capaz de adotar cortes de gastos desnecessários e de eliminar o déficit fiscal. Para a revista, o PT se revelou um defensor de um estado com papel forte na economia, que não hesita em autorizar empréstimos públicos para criar campeões nacionais em grandes negócios. “É difícil imaginar Dilma e o PT colocando um ponto final nos gastos públicos”, diz o artigo.
Depois de afirmar que Dilma não merece vencer apenas porque Lula a escolheu como sucessora, a revista lista outras duas razões “pelas quais os brasileiros fariam melhor se votassem em Serra”. “Em primeiro lugar, Dilma Rousseff não é Lula. Ela não tem os extraordinários dons políticos dele e, talvez, nem o inato pragmatismo”, afirma a revista. “Em segundo lugar, embora nenhum partido brasileiro tenha o monopólio quando o assunto é corrupção, há inúmeros indícios de que o PT está bastante confortável no poder.”
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