Lição americana ao Brasil sob Lula de como tratar os vigaristas bilionários


Blog Josias de Souza - Folha Online
A corrupção é uma praga planetária. A impunidade também é encontrada em várias partes do mundo, quase todas no Brasil.

Noutras praças, a corrupção pode resultar em cadeia e confisco. Aqui, o corrupto usa o fruto do roubo para comprar um caráter ilibado.

O repórter oferece o vídeo acima aos seus 22 leitores para despertar-lhes, no final de semana, o doce sentimento da inveja.

Nas imagens, objetos pessoais de Bernard Madoff, o mercador de papéis que passou uma rasteira de US$ 50 bilhões no mercado global.

A crise financeira de 2008 levou Madoff à breca numa terça-feira da primeira quinzena de dezembro. Na quinta da semana seguinte, ele estava em cana.

Ganhou o meio-fio mediante fiança. Coisa salgada: US$ 10 milhões. Pouco depois, intimado a depor, confessou seus malfeitos.

Geria um fundo de investimentos de fancaria. Definiu-o como “um gigantesco esquema de Ponzi”.

Mimetizara Carlo Ponzi, personagem que lesara, em 1920, 30 mil pequenos investidores americanos.

Ponzi oferecia a quem cria nele rendimento de 50% em 45 dias. Desceu à crônica de Wall Street como precursor do golpe da pirâmide.

Madoff oferecia 10,5% ao ano. Em tempos de dinheiro farto, levou a vigarice de Ponzi para passear nas fronteiras do paroxismo.

A secura da crise global levou os investidores ao guichê de saques. Descobriu-se, então, que a pirâmide de Madoff estava sustentada em alicerces de biscoito.

Do depoimento, o vigarista foi levado direto para o cárcere. Com 72 anos, é improvável que volte a ver a luz do Sol. Afora o usufruto das grades, impuseram-lhe o confisco dos bens.

Entre eles os carrões de luxo, o iate ancorado nas Bahamas, a casa de praia e o apartamento de US$ 9 milhões que lhe servia teto em Nova York.

Levado ao martelo, o patrimônio indeniza parte das vítimas de Madoff. Vão a leilão inclusive os objetos pessoais do ex-espertalhão –de sapatos a jóias.

Aos residentes nesta terra de palmeiras, sabiás e impunidade, resta assistir. E cultivar a inveja!


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