Se fosse um filme, o título seria: “A volta dos que não foram”. Era, contudo, realidade: uma reunião do diretório nacional do PT.
A estrela do evento foi Dilma Rousseff. Em meio à platéia, compondo a cena, uma roda de coadjuvantes com cara de protagonistas.
Dois ex-presidentes da legenda (José Dirceu e José Genoíno), um ex-presidente da Câmara (João Paulo Cunha) e um ex-líder de bancada (Paulo Rocha).
Em comum entre eles, a nódoa mensaleira na biografia e a companhia que fazem um ao outro no banco de réus do STF.
À espera do julgamento, Dirceu falou de condenação aos repórteres. Nada a ver com o Supremo, naturalmente. Outro tipo de sentença:
"O PT e o PMDB estão condenados a se entenderem e a governarem juntos, com outros partidos que apoiaram a presidente Dilma". Ah, bom!
A mística da volta é cultuada desde que o filho pródigo voltou e foi celebrado com um vitelo gordo. No caso do PT é diferente.
Como os petistas pródigos nunca se foram, a legenda se privou da festa do retorno. O vitelo gordo serve a outras comemorações -a vitória de Dilma, por exemplo.
No campo pessoal, não há muita razão para fogos. Exceto por João Paulo, reeleito com votação graúda, os demais arrostam dificuldades.
Dirceu, cassado, nem pôde ir às urnas. Genoíno foi à sorte dos votos. Mas a votação que recolheu rendeu-lhe uma constrangedora primeira suplência.
Paulo Rocha também foi ao palanque. Elegeu-se senador pelo Pará. Mas, abalroado pela Lei da Ficha Limpa, depende de uma palavra do STF para chegar ao mandato.
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