O Secretariado anunciado pelo Governador Geraldo Alckimin nos enche de orgulho, mas parece Ministério de um país civilizado e desenvolvido, o que não ocorre, certamente, com o ministério do barranco do alemão, enquadrados ultimamente como bando que, atendem aos interesses do chefe da facção a que pertencem. Movcc/Gabriela
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (13) três novos nomes para seu secretariado. Andrea Sandro Calabi, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Banco do Brasil na gestão Fernando Henrique Cardoso, será o secretário estadual da Fazenda. Autor de cinco livros, o professor de direito constitucional da Universidade de São Paulo Elival da Silva Ramos será o procurador-geral do Estado de São Paulo, cargo que ocupou entre 2001 e 2006. Ex-prefeito de São José dos Campos e deputado federal eleito, Emanuel Fernandes será secretário de Planejamento.
Alckmin reafirmou que deve manter em 26 ou reduzir o atual número de secretarias. “Hoje são 26, incluindo a PGE. Nós teremos 26 ou menos”, afirmou. O governador eleito disse que pode transformar a Secretaria de Comunicação em uma coordenadoria subordinada à Casa Civil, mas deixou claro que o assunto ainda não está resolvido. Alckmin reafirmou que vai extinguir as secretarias de Ensino Superior e de Relações Institucionais e criar a Secretaria de Gestão em Desenvovimento Metropolitano.
Com o anúncio dos três nomes, chega a dez o total dos indicados por Alckmin. O governador vai tomar posse em 1º de janeiro, mas deixou claro que não tem pressa. “A pressa é inimiga da perfeição. Como vou viajar amanhã para Alagoas, porque haverá encontro dos governadores do PSDB em Maceió, na quarta-feira, esta semana fica um pouco truncada.”
Alckmin indicou que a definição dos nomes dos titulares da área econômica de seu governo privilegia o planejamento regional estratégico, para gerar desenvolvimento econômico, e o rigor fiscal. “Pretendemos que toda a parte estratégica do Estado fique no planejamento. Essa secretaria deve pensar o Estado, o desenvolvimento de São Paulo, inovação, avanços e desenvolvimento regional. A Fazenda tem a questão de finanças e a área tributária. São Paulo tem tradição de responsabilidade fiscal”, afirmou.
Em uma rápida entrevista, Calabi afirmou que vai manter a nota fiscal paulista, segundo ele, conhecida e bem vista pela população. Fernandes afirmou que seu trabalho será estratégico, de médio e longo prazo, para estabelecer horizontes para São Paulo. “Nós temos um grande problema na Grande São Paulo, vai continuar a priorização para o transporte urbano na Grande São Paulo e tem também a questão do rodoanel. São coisas que já vinham definidas”, afirmou. O procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos, afirmou que recebeu de Alckmin a missão de acompanhar a discussão jurídica sobre a distribuição dos royalties do petróleo.
“É uma receita importante para o Estado. Há toda uma mudança legislativa em curso, inclusive no Congresso Nacional e pretendemos criar um grupo especializado nessa matéria dentro da Procuradoria Geral. Criaremos um grupo de procuradores especializados nestas questões interagindo com os outros estados que já têm experiência nisso”, afirmou.
Em 2 de dezembro, o governador anunciou três secretários: o vice-governador eleito, Guilherme Afif Domingos, para a Secretaria de Desenvolvimento; o ex-secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu, para a Secretaria de Transportes; e o também ex-secretário Jurandir Fernandes para Transportes Metropolitanos, cargo que ocupou durante o governo Alckmin.
No início de dezembro, Alckmin anunciou ainda a extinção da Secretaria de Ensino Superior e a passagem de suas atribuições para a Secretaria de Desenvolvimento. Também informou a criação da Secretaria de Gestão e Planejamento, que terá como subordinadas a Emplasa (empresa de planejamento do governo estadual), agências de desenvolvimento, conselhos e fundos de cada região metropolitana.
Em 16 de novembro, Alckmin anunciou os quatro primeiros nomes. O ex-secretário estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa Sidney Beraldo foi escolhido para a Casa Civil. Beraldo foi coordenador-geral da campanha de Alckmin ao governo estadual. A Casa Militar foi subordinada ao coronel Admir Gervásio, que desde maio de 2010 desempenha a função de corregedor da PM de São Paulo.
O secretário da Saúde escolhido por Alckmin foi Giovanni Guido Cerri, atual diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e integrante dos conselhos diretores do Instituto do Câncer e do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas. Uma das missões de Cerri é humanizar os serviços de saúde. Já a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência continuará sob o comando de Linamara Rizzo Battistella, médica fisiatra e professora da USP, está na secretaria desde 2008.
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