É de causar espanto observar o empenho desse governo em não dispensar criminosos, terroristas, corruptos de seus quadros. Será por quê? São úteis né? Quem sabe esses profissionais do ramo poderão ser convocados para o serviço mais sujo. Lavagem em Sangue. Movcc/Gabriela
DE BRASÍLIA
Folha.com
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje o parecer jurídico da Advocacia-Geral da União sobre o caso do italiano Cesare Battisti.
O documento vai embasar a decisão de Lula de conceder o refúgio ao ex-militante esquerdista, condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos em seu país na década de 70.
Grupo de apoio a Battisti promete bolo para comemorar aniversário do italiano
Caso Battisti poderá voltar ao STF, diz Gilmar MendesLula diz que não pretende deixar para Dilma decisão sobre extradição de Battisti
Oficialmente, a AGU negou a entrega do parecer --que, segundo a Folha apurou, ocorreu em encontro entre Lula e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no Palácio do Alvorada.
Trata-se de uma novela jurídica que se arrasta há três décadas pelo mundo. Considerado terrorista em seu país, Battisti terá, a partir da publicação da decisão no "Diário Oficial" da União, uma vida normal no Brasil.
Para evitar um desgaste internacional para a presidente eleita, Dilma Rousseff, no início do governo, a decisão de Lula, favorável a Battisti, deverá ser publicada nos últimos dias do governo, entre o Natal e o Ano Novo. Lula quer fazer uma última análise antes de tornar pública sua decisão.
Entre 1976 e 1979, Battisti foi membro de uma organização esquerdista italiana chamada PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). O PAC envolveu-se em ações subversivas, com quatro mortes.
O italiano nega os crimes, pelos quais foi condenado à revelia. Ele está preso no Brasil desde 2007. Em 2009, recebeu status de refugiado político em uma decisão do governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, à época ministro da Justiça.
Por conta de um recurso do governo italiano, o caso foi analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que se posicionou contrário ao refúgio e a favor de sua extradição para a Itália, por cinco votos a quatro.
Pelo mesmo placar, o STF entendeu, no entanto, que a decisão final era do presidente da República.
Battisti fugiu da Itália em 1981, refugiou-se no México e passou 11 anos como exilado político na França durante o governo de François Mitterand, mas teve o benefício cassado. Ele chegou ao Brasil em 2004, também foragido, em busca de um último porto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário