O governador do Rio, Sérgio Cabral, já chegou de suas férias ao exterior, decididas, como se nota, em boa hora? Que coisa! Ninguém havia contado ao rapaz que os meses de janeiro, fevereiro e março costumam ser dramáticos para o estado que ele governa. Nem mesmo o desastre do ano passado foi suficiente para alertá-lo? Ou, por outra, teria servido a tragédia de alerta e, por isso mesmo, ele decidiu dar no pé? Em horas assim, administradores públicos gostam de ficar longe de cadáveres. E Cabral, sem dúvida, é muito vivo.
O governador do Rio é o novo candidato a inimputável da política brasileira, em substituição a Lula, seu guia ético. Certa imprensa gosta muito dele. Também conta com a simpatia dos “progressistas”. Afinal, é a favor da descriminação do aborto e da legalização das drogas e do jogo. Cabral é favorável a que se diminua a criminalidade descriminando o… crime! Sem dúvida, trata-se de um norte moral a ser considerado, não é mesmo?
Ele está no meu caderninho de moralista desde esta cena. Vejam:
Como se nota, quando o Congresso decidiu aprovar a partilha fraterna dos royalties do petróleo, o que realmente seria desastroso para o Rio, o homem se comoveu e chorou. Não serei eu a especular sobre as razões por que este ou aquele deitam fora suas lágrimas. Sou um homem tolerante. Mas também, acho eu, tenho senso de proporção. O Cabral chorão dos royalties pode ser flagrado, no entanto, num momento de dura racionalidade ao visitar o Morro do Bumba, que havia matado muitas dezenas de pessoas. A edição, como dá para perceber, é de um blog crítico ao governador. Mas este que aparece aí é, sem dúvida, o governador.
Por que alguém se comove tanto quando trata dos royalties do petróleo e pode ser tomado pela fúria quando lida com a tragédia? E pelos mortos? Nem uma furtiva lágrima?
Ocorre que estamos diante de um estilo - que foi referendado nas urnas, é bom deixar claro. Cabral foi feito para a celebração e para o abraço. Gosta de estar presente às festividades. Aqui, nós o vemos na parada gay. Nem é seu momento de maior desinibição.
No Carnaval do ano passado, em companhia da então candidata Dilma Rousseff à Presidência, ele demonstrou como pode ser alegre, festivo, pra cima, engajado, feliz.
Ontem, ficamos sabendo que ele telefonou, sabe-se lá de onde, para Dilma Rousseff para pedir ajuda. E também solicitou socorro da Marinha. É justo! Cabral não precisa de ninguém para garantir o circo. Na hora do aperto, ele descobriu que basta chamar as Forças Armadas.
Há quem diga que ele desponta como candidato á Presidência da República. É, considerando o retrospecto, faz sentido!
“Enjoy in Riiiooo…”
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