Falta coragem – Há dias, quando o ucho.info afirmou em polêmica reportagem que os irresponsáveis Luiz Inácio da Silva, Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro da Integração Nacional, e o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) deveriam no mínimo responder por homicídio por omissão no caso da tragédia que despencou sobre a região serrana do Rio de Janeiro, alguns entenderam que se tratava de um exagero de nossa parte. Lembramos na ocasião que fosse o Brasil um país minimamente sério e responsável, onde as leis são aplicadas com rigor, não poupando inclusive os donos do poder, os culpados já estariam devidamente presos.
Para provar que nossa tese estava correta – e assim continuará –, o “Contas Abertas” divulgou na segunda-feira (17) que nos últimos sete anos, ou seja, na era do messiânico Lula, o Ministério da Integração Nacional deixou de investir R$ 1,8 bilhão “na prevenção de danos e prejuízos provocados por desastres naturais em todo o país”. De acordo com o site, o valor representa a diferença entre o orçamento autorizado para o programa de “prevenção e preparação para desastres” e o montante que foi realmente investido. No período (2004-2010) foram destinados R$ 2,3 bilhões ao programa, dos quais apenas R$ 539,8 milhões (23%) foram aplicados. Ou seja, de cada R$ 4 previstos no orçamento da União, menos de R$ 1 foi aplicado em prevenção.
Esse cenário que mistura irresponsabilidade com desfaçatez mostra que Luiz Inácio da Silva abusou de maneira acintosa da mitomania enquanto esteve presidente e que o fanfarrão Sérgio Cabral Filho mentiu ao afirmar na última semana que o governo do Rio de Janeiro sempre foi bem atendido pelo governo federal, em especial na destinação de recursos para a prevenção de desastres. O silêncio providencial de Lula, diante da tragédia, e a fala do governador fluminense deixaram claro que o conluio palaciano para eleger Dilma Rousseff é o maior caso de estelionato político da história nacional, que só foi cometido com o devido sucesso porque o programa “Bolsa Família, que mantém um obediente e sempre genuflexo curral eleitoral, serviu para anestesiar a opinião da extensa massa de incautos.
Se o Judiciário não permitisse seguidas interferências do Executivo em sua seara, a começar pela nomeação mancomunada de ministros de tribunais superiores, os bens de todos os culpados já estariam indisponíveis por determinação da Justiça para garantir, mesmo que minimamente, indenização às famílias das vítimas e o ressarcimento de parte do prejuízo causado aos sobreviventes
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