Em timbre de ameaça, o texto acrescenta: “Ou se faz reforma agrária ou o bicho vai pegar!”
Por Josias de Souza - Folha Online
Depois do armistício que se autoimpôs durante a campanha presidencial, o MST voltou a dar as caras.
Nesta primeira semana do governo Dilma Rousseff, o movimento invadiu três propriedades.
O MST escolheu como palco de sua reentrada em cena o Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin.
Na madrugada desta sexta (7), 300 famílias cruzaram a cerca de uma fazenda no município paulista de Castilho. Pertence a Eliana Ribas Vicente.
Na véspera, quinta (6), cerca de 200 militantes do movimento haviam ocupado a Fazenda Bertazzoni, em Cafelândia.
Um dia antes, quarta (5), a invasão ocorrera na cidade de Serrana. Cerca 250 pessoas apossaram-se da Fazenda Martinópolis, da Usina Nova União.
Ali, a ocupação durou pouco. Nesta sexta, munida de ordem judicial de reintegração de posse, a PM de São Paulo retirou os invasores da propriedade.
O MST alega que retomou as invasões para pressionar os governos estadual e federal. Diz que há em São Paulo 2 mil famílias vivendo sob lonas.
Durante a campanha eleitoral, o MST declarou apoio a Dilma, contra o tucano José Serra. Agora, em carta levada à web, o movimento anota:
“No início deste novo período político de nosso país, a nossa ocupação é um posicionamento publico para cobrar a realização da Reforma Agrária”.
Em timbre de ameaça, o texto acrescenta: “Ou se faz reforma agrária ou o bicho vai pegar!”
Em seu discurso de posse, Dilma não fez nenhuma menção à reforma agrária.
Em 2003, primeiro ano de Lula, o Incra foi aparelhado por dirigentes indicados pelo MST.
Agora, o governo anuncia a intenção de desalojá-los. Anuncia-se que o órgão que cuida da reforma agrária será comandado por técnicos. A conferir.
Um comentário:
Começou a fase Russeff, a coisa está russa
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