Marta Suplicy: a confluência de três ignorancias

Assisti a TV Senado, e confesso que fiquei impressionada com o alto grau de cinismo dessa senhora. No auge da indignação do Senador Mário Couto, ela esboçou um sorriso cafajeste. Não parecia vice-presidente do Senado, e sim, dona do (...) relaxa e ..$$.... 
MOVCC/Gabriela

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Hoje, resolveu escrever seu próprio regimento do Senado. Mais um pouco, ela vai pedir um cafezinho a algum senador…

Por Reinaldo Azevedo - Veja Online

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) representa a síntese de três autoritarismos: o de origem, o ideológico e o da ignorância. Nesta terça, no comando da sessão do Senado — ela é a primeira vice-presidente; vocês entenderam aonde chegamos, certo? —, voltou a provocar uma saia-justa, informa Gabriela Guerreiro na Folha Online.

Foi assim. Tião Viana, senador estreante pelo Acre, do mesmo partido de Marta, fez seu discurso inaugural. Em vez dos 10 minutos a que tem direito, falou 30, sob o silêncio cúmplice da companheira, que ouviu a tudo tão atentamente quanto ela consegue. Aí chegou a vez de o senador Mário Couto, do PSDB do Pará, fazer um comunicado. Ele avançou um tantinho no tempo e foi implacavelmente interrompido por Madame. Couto reagiu:

“Quero dizer a Vossa Excelência que o Regimento Interno não diz que, na estréia, o senador pode falar a hora que quiser. Eu vou descer desta tribuna certo de que não fui intimidado, certo de que neste Senado ninguém vai cortar a minha palavra, a palavra do meu povo, a palavra daqueles que me colocaram aqui, senadora. Ninguém, ninguém!”

Marta, então, respondeu:
“Talvez até ele tenha falado 30 [minutos], mas se ele falou a mais, era um discurso de estréia, e a sua é uma comunicação inadiável. Então, o senhor tem dois minutos a mais, por favor.”

Vamos ver
É claro que Couto tem de respeitar o tempo. Mas Viana também. O tucano está certo quando afirma que não há nada no Regimento Interno que autorize um senador a falar o triplo do tempo, seja ou não discurso de estréia. Sinhazinha tem de entender que a cadeira não lhe dá o direito de inventar regras.

Falei dos três autoritarismos. Vamos ao primeiro. Marta sempre foi notoriamente malcriada, um traço que classifiquei “de origem”. Sempre teve essa postura senhorial, que costuma falar primeiro e pensar logo em seguida… Por que o faz? Pertence àquela categoria que só conhece o ponto de vista de quem dá ordens, jamais de quem obedece. No Senado, tem de se subordinar às regras. Como, pelo visto, não gosta delas, comporta-se como se estivesse em sua casa e faz o que bem entende.

A essa característica, que é herdada, se somou a sua escolha partidária. O PT é notório por seguir as leis com as quais concorda. Desrespeita aquelas que não lhe parecem boas, sempre em nome do povo. Esse é o segundo autoritarismo. E o terceiro, como disse, é mesmo o da ignorância. Madame deve desconhecer que existem certas regras do decoro a que a sua nova função a obriga.

Bobagem?
Isso tudo parece bobagem? Não é, não! Não seguir essas regras bestas é sinal de que pode não seguir as que bestas não são. E também é o caso de ficarmos atentos: tudo indica que ela está agindo de modo deliberado para ser notícia. O ano de 2012 está chegando. Os políticos já se movimentam para ele. Parece que ela está recebendo algumas lições de marketing do ex-marido… Ele tenta sempre fazer o papel de bobo da corte. E ela, tudo indica, quer ser a “mandona”, a “mulher porreta”, que enfrenta os homens…

Na semana passada, Sinhá tentou violentar a gramática, corrigindo José Sarney. Cobrou que ele chamasse Dilma de “presidenta”, como se a forma que ele escolheu — “presidente” — estivesse incorreta. Hoje, resolveu escrever seu próprio regimento do Senado. Mais um pouco, ela vai pedir um cafezinho a algum senador…

Um comentário:

Anônimo disse...

Não. Não. Eu vi isso aí acontecer. Sarney é quem chamou Dilma de Presidenta. E Marta Suplicy, achando que daria uma de intelectual, é quem disse: "não é presidenta, excelência, e sim, Presidente." Aí, Sarney saiu com essa.
"Eu só queria fazer uma alusão às francesas que chamariam a presidente de "Madámme Presidenta"(o acento foi eu que pus e fica por minha conta). Decerto, Sarney achou que poderia chamar a presidente de, Madámme Presidenta. À moda francesa, lógico.