Nessa cachoeira de corrupção que alagou o país quando da chegada ao poder do Partido dos Trabalhadores PT (2003), ainda existem políticos que mostram serem probos e sérios, entre estes tenho particular admiração pelo senador manauara Arthur Virgilio (1945 – PSDB AM).
Em um artigo (9/7) ele faz um breve relato da atual situação de um governo que se vê envolvido em escândalos quase que diários e que nada tem feito a não ser tentar jogá-los para debaixo do tapete do gabinete presidencial no Palácio do Planalto
“Começa muito mal o governo Dilma Rousseff. Seis meses apenas e um rosário de escândalos a lhe emoldurar o perfil. Palocci, aloprados, Ministério dos Transportes, sem contar as ‘pequenas’ transgressões quase que diárias”.
Depois desse intróito o senador da vaza à sua fina, mas contundente, ironia.
“Mas a presidente não perde o bom humor. Após a demissão do senador Alfredo Nascimento, solta na imprensa a ideia fantástica: a pasta pode ser do PR, mas o secretário-executivo viria do PT.
Nossa! Como isso ‘tranqüilizou’ o povo brasileiro. Haverá um petista tomando conta das verbas que deveriam ser destinadas a rodovias e ferrovias? A pátria se curva, agradecida, perguntando apenas se a procedência é o alopramento, a montagem de dossiês fajutos ou o mensalão.
Como sou incorrigivelmente crédulo, suponho ter percebido o agudo tino da governante: se é para impedir corrupção, por que não indicar o pessoal que entende do assunto? Solução que só não é ideal, porque poderiam os novos ‘especialistas’ abrir mais um campo de ‘ação’, ao invés de fechar o espaço do desmando e do descontrole administrativos.
Mas o fato é que as ‘travessuras’ não param. E o roteiro é sempre o mesmo. A denúncia sai, o governo faz uma inicial cara de paisagem; fatos novos aparecem, o governo espera mais um pouco; mais provas são publicitadas e, finalmente, o acusado é demitido, ‘a pedido’, pela mandatária.
Esqueci-me de dizer que a encenação prevê dois atos especialíssimos: a parte passiva protesta inocência e a parte ativa declara confiança em quem está na berlinda. E, nos blogs e twitters da vida, lá vêm imprecações de toda sorte contra a ‘mídia’ golpista, que não seria considerada assim se fechasse os olhos para esbulho do dinheiro público.
Atitudes verdadeiras e completas, jamais. Não é do estilo da ‘escola’ política de Lula, cursada aplicadamente por seus seguidores. Parece a passagem do marido adúltero das peças, crônicas e romances do genial Nelson Rodrigues: ‘negar sempre, ainda se apanhado em flagrante’.
Alguns negam com veemência tanta, que chegam a dizer: ‘estão enganados, este aqui não sou eu’, apontando para o próprio peito.”
Um comentário:
Faço do comentário do ex.Senador Arthur Virgilio, as minhas palavras.
Até quando vamos suportar tanta corrupção,os brasileiros estão muito acomodados, como vaquinha de présepio e cordeirinhos.
Cade os caras pintadas, que por muito menos tirarão um presidente.
Vamos sair desse marasmo, e tentar tirar os corrupitos lá de Brasilia,
pelo menos tentar.
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