Propaganda do Brasil atrasado! PT e aliados voltam à velha prática do coronelismo de outrora: distribuição de óculos e dentaduras

Miséria de proposta – Nos anos 90, o ex-metalúrgico Lula da Silva era um candidato à Presidência que pregava mudança radical na forma de fazer política partidária. Ficou famoso um vídeo em que o barbudo dos velhos tempos do sindicalismo do ABC criticava a distribuição de cestas básicas. Quando assumiu a Presidência da República, em 2003, passou a defender um massivo programa de distribuição de benefícios às famílias carentes. Mais tarde batizado de “Bolsa Família”, o programa era a reunião de uma série de programas implementados em governos anteriores.

A contradição e a incoerência foram atacadas à exaustão pelos partidos de oposição, mas o discurso de Lula da Silva seguiu uma estratégia planejada pelo núcleo do Partido dos Trabalhadores. Nas eleições de 2004, por exemplo, o PT lançou uma campanha de filiação nas pequenas cidades, os chamados grotões.

À época, 88% dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros eram compostos por até 20 mil eleitores. Somados, davam mais de um terço do eleitorado (38 milhões pessoas). O partido pretendia conquistar 1,1 milhão de novos filiados até dezembro daquele ano.

A ampliação da influência partidária estaria aliada ao desejo de reeditar o voto de cabresto, sistema tradicional de controle de poder político dos tempos do coronelismo. A compra de votos nos grotões sempre teve como aliada a utilização da máquina pública, com a distribuição de pequenos presentes aos mais carentes, como cesta básica, tijolos, areia, óculos e dentaduras.

A prática criticada por todos os setores da chamada intelectualidade brasileira será ampliada com o pacto dos estados e municípios do Nordeste, celebrado para cooperar com a execução das ações do “Brasil sem Miséria”. O programa, como se sabe, foi lançado nesta segunda-feira (25), no Nordeste, pela presidente Dilma Rousseff (PT).

Quem duvida basta registrar o que disse a presidente na entrevista à imprensa regional: “Serão 750 mil cisternas até o ano que vem, concentradas no Nordeste. Nós vamos colocar também, nas regiões mais pobres, Unidades Básicas de Saúde, garantindo o custeio delas. (…) Além disso, nós estamos fazendo mutirões para duas coisas: óculos e para prótese dentária, a popular dentadura, porque é importantíssimo para a pessoa ter, inclusive, acesso a trabalho, se ela tiver sua prótese dentária”.

Sem ser tão específica, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, explicou que o plano tem um olhar regional e que, assim como foi lançado hoje na Região Nordeste, também será lançado nas demais regiões do país. “Vamos para as outras regiões reafirmar o compromisso do governo federal, inclusive, com o custeio”.

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