“Nós temos uma discussão de alto nível com a nossa base”, dissera Dilma. “Não dei nada a ninguém que eu não quisesse”.
Por Josias de Souza - Folha Online
Em conversa com o repórter, na noite desta quarta (14), um auxiliar de Dilma Rousseff definiu a escolha do novo ministro do Turismo assim:
“A presidente tinha que escolher um deputado do PMDB. E a opção por Gastão Vieira revelou-se um mal menor.”
Contou que os nomes sugeridos ao Planalto ao longo do dia “talvez não resistissem duas semanas no cargo.”
Mencionou dois nomes que, no rol de preferências do PMDB, vinham antes do de Gastão: Marcelo Castro (PMDB-PI) e Manoel Júnior (PMDB-PB).
Absteve-se de explicar o por quê da avaliação do Planalto de que não durariam no cargo por muito tempo.
“Não temos interesse em criar atritos com o PMDB. Ao contrário, nosso interesse é o de estabelecer as melhores relações.”
Formado em advocacia, Gastão não dispõe de experiência na área turística. Dilma teria gostado de saber do interesse do novo ministro pelo tema da Educação.
A exemplo do defenestrado Pedro Novais, o novo titular do Turismo vai à poltrona apoiado em duas escoras políticas.
Além do suposto respaldo da bancada de deputados federais do PMDB, dispõe do apoio do mandachuva do Senado, José Sarney.
Em entrevista veiculada pela TV Globo na noite de domingo (11), Dilma dissera que sua base política “é composta de homens de bem.”
Refugara a condição de “refém” dos aliados. Negara a rendição de seu governo à prática do “toma-lá-dá-cá.”
“Nós temos uma discussão de alto nível com a nossa base”, dissera Dilma. “Não dei nada a ninguém que eu não quisesse”.
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