Marcos Valério protocolou no STF suas “alegações finais” no processo do mensalão. No texto, questiona a ausência de Lula no rol de envolvidos no esquema.
Preparado por Marcelo Leonardo, advogado do provedor das arcas espúrias do PT, o texto ironiza a denúncia do Ministério Público Federal. Refere-se à peça assim:
"…Raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA."
Grafado em letras maiúsculas, o nome de Lula é mencionado noutro trecho. Anota que a participação de Valério foi "exagerada" para encobrir os "protagonistas políticos":
"A classe política [...] habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário mineiro Marcos Valério, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos objeto desta ação penal."
Na época em que a repórter Renata Lo Prete levou o escândalo às manchetes o escândalo que implodiu a aura de castidade do PT, Lula demorou 91 dias para reagir.
Quebrou o silêncio num pronunciamento de televisão. Sorumbático, soou assim: “Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído…”
“…Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelacões, que aparecem a cada dia, e que chocam o país…”
“…O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na política.” A manifestação, por tardia e inverossímel, não convenceu.
A despeito disso, Antonio Fernando de Sousa, então procurador-geral da República e signatário da denúncia, não incluiu Lula no rol dos acusados.
Hoje, o ex-soberano afirma que o mensalão nem existiu. Antes de passer o bastão a Dilma Rousseff, prometera “desmontar a farsa.”
Em depoimentos públicos e reservados, Marcos Valério teve seis anos para manifestar sua estranheza.
Só agora, na bica da descida da lâmina, o parceiro de crimes de Delúbio Soares grita do alto do cadafalso: Cadê o Lula? E a platéia: Bem feito!
Consideradas em seu conjunto, as “alegações finais” de Marcos Valério, deitadas sobre 148 folhas, padecem de falta de nexo.
O texto aponta o dedo para o beneficiário-mor dos malfeitos, mas nega a existência de um esquema.
Sustenta que as valerianas, desembolsadas a pedido de Delúbio, o ex-gerente das arcas do PT, pagaram dívidas de campanha de 2002 –ano em que Lula foi eleito.
Anota, de resto, que não há provas de lavagem de dinheiro, um dos crimes dos quais Valério é acusado. Tampouco haveria comprovação de uso de dinheiro público.
Por último, como que pressentindo a condenação, Valério faz pose de bom moço. Diz ter contribuído para a elucidação dos fatos, apontando os beneficiários das verbas.
Por isso, anota a peça de defesa, Valério deveria ser brindado com perdão judicial ou, no mínimo, com uma redução da pena. Conversa de malfeitor.
3 comentários:
sou apoentada desde 2000 como funcionároa contratada do I.N.C.A. ; não sei quando tive algum aummento salarial,MEU MARIDO TEM CÂNCER EU SOFRO DE ASMA E SOFEMOPS COMO OUTROS MILHÕES DE BRASILEIROS ESQUECIDOS.coisas que só acontece em paises em que IMPERA A CORRUPÇÃO, não encontro os medicamentos no posto de saúde da minha cidade. TENHO VERGONHA DE SER brasileira, marginal e indefeza.e CADê lula.
o luladrão, foi, é, e continuara sendo o chafe da quadrilha, o maior ladrão da ¨istoriadeçepais ¨, e ainda tem quem defenda.
que defende também é ladrão.
cusp...cusp...cusp...
A Justiça é cega para os crimes dos poderosos.Não existem homens de honra no Judiciario.
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