Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência. (Rui Barbosa). Essa foi uma das frases que me ocorreu pela manhã de hoje. Esse dedão me incomoda, aí pensei em outra frase: " Não subestime a ignorância dos outros, pois eles podem piorar ainda mais uma situação."( Rui Brabosa). Tolerância zero no combate à corrupção estamos nós do lado de cá, os brasileiros decentes, e a imprensa responsável fazendo o seu papel investigativo, denunciando a canalha por um Brasil menos sujo. Os 56% foram dirigidos a presidente que cultua em seu altar os 6(seis) santos corruptos. Leiam abaixo quanto cinismo. Movcc /Gabriela
Sete ministros já deixaram o governo Dilma, seis após denúncias de corrupção. Dilma afirmou que seu governo é de "tolerância zero" com malfeitos e atos de corrupção.
Ao mesmo tempo, ela afirmou também que jamais fará uma "caça às bruxas", destacando que todo mundo tem direito de se defender. "Eu não posso sair por aí apedrejando as pessoas e fazendo julgamento sem direito de defesa", afirmando, acrescentando que "por pressão nenhuma" fará isso. "Não tolerar malfeito de um lado, mas também não vou criar caça às bruxas."
Durante a conversa, Dilma não deixou de alfinetar a imprensa, ao dizer que os escândalos ganham mais destaque na mídia do que os programas sociais do governo. "Parece até que existem dois Brasis", afirmou ao se queixar de que, enquanto ela se dedica a montar programas, a imprensa ficaria concentrada em outros temas. Em seguida, completou: "Obviamente que escândalo vende mais jornal".
Ela chegou a lamentar, sem citar nomes, a queda de alguns de seus ministros, afirmando que eram quadros competentes. Questionada sobre a crise mais recente, envolvendo seu ministro e amigo pessoal Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Dilma refutou o argumento de que teria dois pesos e duas medidas. "[O caso] do Pimentel não tem nada do meu governo."
Ao ser confrontada com o caso de seu ex-ministro da Casa Civil, que enfrentou crise semelhante à de Pimentel, ela completou: "Mas o Palocci quis sair". Aqui
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Corrupção na FUNASA
POR DENTRO DA FUNASA
O escândalo envolvendo desvio de meio bilhão da Funasa oferece a base para uma discussão essencial que o Brasil continua se recusando a colocar na pauta política. Por que o absurdo se deu na Funasa, instituição criada para “promover a inclusão social por meio de ações de saneamento” e também “responsável pela promoção e proteção à saúde dos povos indígenas”? Atentem que é da saúde pública a montanha de dinheiro sob suspeita de ter sido desviada. Mas, por que a Funasa? Certamente, a corrupção que perdura por lá tem forte relação com a forma como são preenchidos os cargos de comando da instituição. A Funasa, órgão que por suas características deveria ter condução técnica, é exposto em praça pública para matar a fome dos predadores da política. Mas, sempre foi assim? Não, não foi. Foi a gestão de Luis Inácio Lula da Silva que deixou essa herança maldita para o País. Veja a explicação a seguir.
BASTA UMA PALAVRA
Nesse ponto, Lula desgraçou uma boa herança deixada por Fernando Henrique Cardoso. Antes era assim: o comando nacional da Funasa e todos os seus coordenadores regionais tinham de ser obrigatoriamente funcionários de carreira. Ou seja, servidor concursado. Além disso, o indicado precisava ter em seu currículo pelo menos cinco anos de experiência em cargos de direção. E o que fez o Governo Lula? Simples: providenciou-se uma pequena mudança na regra. Em vez de obrigatoriamente servidor de carreira um novo decreto estabeleceu que o indicado para ocupar o comando seria “preferencialmente” um servidor de carreira. Pronto. Tudo resolvido. Como a política é a arte de ocupar os espaços todos os espaços foram ocupados por políticos. O mérito que se lixe. Assim, a Funasa passou a ser dirigida por interesses políticos. Daí chega-se facilmente ao meio bilhão de reais desviados dos mais pobres.
UMA CANETADA RESOLVE
Quando ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff proferiu a seguinte frase: “A grande questão no Brasil é instituir a meritocracia no Estado, o profissionalismo”. Aplausos. Isso foi em 2009. A ministra virou presidente da República. Está com os talheres e com o prato em sua frente. Pode, com um simples decreto, desfazer a desgraceira que seu antecessor fez na Funasa e em outros órgãos federais. Dilma o fará? A tarefa é dificílima. É preciso coragem e, principalmente, força política para romper com o atraso. Nesse caso, atraso apadrinhado pelo próprio partido da presidente e pela maior sigla a lhe fornece apoio no Congresso Nacional, o sagaz PMDB, que virou donatário da capitania Funasa.
O ESTADO E O BOLSO DO REI
No Brasil, o ocupante do cargo de confiança costuma ser mais fiel ao chefe da administração do que ao interesse do Estado. Trata-se de uma cultura política do Brasil colonial, quando “o patrimônio do Estado confundia-se com o do rei e a administração era uma extensão da casa do soberano… Nesse Estado patrimonialista, as nomeações e promoções eram feitas à base do nepotismo e do apadrinhamento, e não por mérito ou competência. Essa situação persistiu por todo o Império” (FSP de 15/2/2009). Alguma semelhança com o que ocorre hoje em muitas prefeituras Brasil afora? Sim, muitas. O problema ganha uma dimensão ainda mais pecaminosa quando se sabe que as cortes de contas criadas para fiscalizar tecnicamente as gestões têm seus dirigentes oriundos da política e são apadrinhados por políticos. Em tempo: determinar que o cargo de confiança seja ocupado somente por um servidor concursado não elimina o problema, mas certamente é uma vacina que ajuda muito a diminuir a corrupção.
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